O Catecismo da Igreja Católica ensina, no número 1934, que todos os seres humanos foram criados por Deus, e que a todos foi dada a mesma natureza, e que todos procedem da mesma origem.
Ou seja, trata-se do ensinamento de que todos somos iguais na nossa humanidade e que, portanto, temos a mesma dignidade humana, que merece o mesmo completo respeito, zelo e proteção, sem exceções.
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O preconceito fere este sentido de igualdade e propõe uma valorização de um homem ou de uma mulher a partir de elementos secundários que, na verdade, não alteram a dignidade humana, porque não alteram a essência de sua natureza humana.
É claro que a Igreja reconhece que nós não somos idênticos sob todos os aspectos. Há diferenças entre os seres humanos, diferenças “relacionadas com a idade, as capacidades físicas, as aptidões intelectuais e morais” (Catecismo 1936) mas que não alteram a igualdade de todos na única dignidade humana.
Elas existem para que a construção do mundo segundo a Vontade de Deus seja realizada por todos, mas não da mesma maneira, e sim segundo os talentos e dons de cada um. Estas diferenças, portanto, “fazem parte do plano de Deus” (Catecismo 1937).
É preciso notar, portanto, que uma falsa ideia de preconceito pode causar o desejo de apagar estas diferenças, como são as diferenças de sexo por exemplo. Deus nos criou homem e mulher, e esta diferença, ao não fazer de ninguém melhor do que outro, deve ser respeitada e promovida segundo o Plano de Deus.
Não fazem parte do Plano de Deus o sentimento e as expressões superficiais e discriminatórias que confundem os planos e consideram estas diferenças acidentais a despeito da única natureza humana como diferença essencial. Este é o preconceito, e ele deve ser banido em todas as expressões e formas.
A luta contra o preconceito, portanto, está profundamente relacionada à busca da verdade sobre o ser humano e a um profundo e claro entendimento da sua natureza criada por Deus. Diferenças queridas por Deus, como observávamos acima, não constituem, por tanto, uma injustiça.
Por terem a mesma dignidade, a todos cabem os mesmos direitos fundamentais que de ninguém podem ser tirados, como ensina o Concilio Vaticano II: “Toda a espécie de discriminação relativamente aos direitos fundamentais da pessoa, quer por razão do sexo, quer da raça, cor, condição social, língua ou religião, deve ser ultrapassada e eliminada como contrária ao desígnio de Deus" (Gaudium et spes 29).
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