O que os bispos do Brasil falam sobre o Jubileu 2025?

O portal A12 disponibiliza para você uma página especial sobre o Jubileu Ordinário da Igreja Católica, que iremos celebrar até a Epifania do Senhor de 2026.

Durante todo o ano, serão realizadas celebrações e eventos especiais, para incentivar homens e mulheres de nosso tempo e, especialmente, os jovens, a redescobrirem a esperança e a serem seus portadores.

O Papa Francisco faz alguns apelos em favor da esperança, lembrando que “os bens da terra se destinam a todos, e não a poucos privilegiados. É preciso que seja generoso quem possui riquezas, reconhecendo o rosto dos irmãos em necessidade”.

O Ano Jubilar convida os fiéis a se tornarem “peregrinos da esperança”. O Santo Padre ressalta que a esperança é uma força transformadora, mesmo diante das tribulações, pois esta esperança não cede nas dificuldades: funda-se na fé e é alimentada pela caridade, permitindo assim avançar na vida. Ele exorta os fiéis a se deixarem atrair pela esperança desde já, permitindo que, por meio de seu testemunho, ela se torne contagiosa e alcance todos os que a buscam.

Diversos bispos em nosso país estão nos ensinando como devemos viver este período a partir dos sinais, principalmente a peregrinação e a misericórdia.

Durante a missa de abertura do Ano Jubilar na Arquidiocese de Aparecida, Dom Orlando Brandes nos ensina um gesto concreto para vivermos o Ano Santo.

Thiago Leon

"Peregrinar até o outro, especialmente aos irmãos mais necessitados, é um jeito concreto e diário, no cotidiano, de vivermos o Ano Santo. E levando o que para essas pessoas? Levando a esperança. E olhe como as famílias, as pessoas, a humanidade, todos nós, precisamos da esperança. Quero pedir, então, que você e eu façamos um plano pessoal do nosso Ano Santo e chegaremos na conclusão do Ano mais santos."

Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, recorda que peregrinar é muito significativo e ajuda a renovar a profissão da fé e a vida cristã.

Reprodução - Facebook

"Esses sinais servem como expressão simbólica da esperança que trazemos em nós. Mas o Jubileu da esperança também é tempo para espalhar a alegria da esperança, sobretudo onde ela faz falta. A esperança sobrenatural dá sentido e orientação ao nosso caminhar nesta vida e ilumina toda nossa ação no mundo. Quem luta honestamente pela superação dos males sociais, econômicos e culturais, pode fazer isso melhor quando se deixa conduzir pela 'chama viva da esperança', que não desilude".

Outro ponto importante citado por Dom Odilo são as indulgências neste tempo jubilar, que você confere com mais detalhes aqui no A12.

"Nas peregrinações, há a possibilidade de ganhar a indulgência plenária, aplicável para si ou para os falecidos. A indulgência é uma graça especial relacionada com a conversão, a reconciliação e o perdão dos pecados. Deus é indulgente, cheio de misericórdia para conosco e sempre pronto para nos perdoar. Naturalmente, a indulgência não é algo mágico e depende da fé, das disposições pessoais e do cumprimento daquilo que a Igreja estabeleceu para obter essa graça. O Jubileu é tempo de abundância do perdão e da misericórdia recebidos e oferecidos", conclui.

Atual bispo de Petrópolis (RJ), Dom Joel Portella também enfatiza que devemos viver intensamente o Jubileu, pois nossa esperança é Cristo.

Reprodução / CNBB

“Somos um povo que busca a esperança. Num mundo profundamente marcado por tantas desesperanças — como as que o Papa Francisco aponta em nível mundial —, cada um de nós também pode perceber, dentro de si, sinais de desesperança. Quantas coisas eu carrego em meu íntimo que sufocam a esperança?. A esperança decorre da fé em Jesus Cristo, como nos tem afirmado o Papa. Com tantos problemas que vemos no mundo, somente a esperança em Cristo nos dá força para continuar nossa caminhada e procurar transformar a realidade que se apresenta com tantas dores”.

Arcebispo do Rio de Janeiro, o Cardeal Orani Tempesta fala a respeito da paz através da misericórdia que vamos aprender neste ano jubilar.

Arquidiocese RJ

“Ao ver tantas guerras pelo mundo e situações adversas e de violências em nossa cidade, que nós sabemos que elas existem, onde estão e como nós experimentamos, possamos ser homens e mulheres reconciliados, reavivados com o dom de Deus, e chamados a semear sementes de esperança, ela que é uma virtude teologal, um dom da graça de Deus". 

Dom Orani também comunica que o Jubileu da Esperança é um tempo único, um presente de Deus para a humanidade.

"É um momento de exaltação da misericórdia divina, que nos abraça em nossa fragilidade e nos dá a força para recomeçar. É também um convite à solidariedade, para que, unidos como irmãos, possamos construir um mundo mais justo e fraterno. Que este jubileu seja para todos um tempo de renovação, de reencontro com o amor de Deus e de compromisso com Sua missão. Que possamos viver com o coração aberto, prontos para sermos transformados pela graça e pela misericórdia divina. A esperança cristã não é apenas um sentimento, mas uma virtude que transforma vidas. Como afirma o Papa Francisco, ela é 'uma âncora lançada no Céu', que nos mantém firmes mesmo nas tempestades da vida".

Padre Ferdinando explica o que você precisa saber sobre o Jubileu 2025