Padre brasileiro é declarado venerável pela Igreja

Na manhã desta quinta-feira (14), em audiência com o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco autorizou a promulgação dos decretos relativos a 19 novos beatos e sete novos veneráveis.

Na relação dos veneráveis está o Padre Libério Rodrigues Moreira, que na primeira metade do século passado dedicou sua vida e ministério aos doentes e aos pobres e viveu com profundo espírito cristão as provações da vida e também foi um adorador incansável da Santa Eucaristia. O sacerdote era do clero da Diocese de Divinópolis (MG).

Os relatos históricos dão conta de que Libério foi um sacerdote simples, humilde, e viveu a sua vida dedicando-se unicamente ao Senhor e aos outros, de modo particular aos doentes e aos necessitados, a quem ajudava material e espiritualmente. As comunidades cristãs que o tiveram como pároco consideraram-no um autêntico homem de Deus e os Superiores, conscientes da sua excelente capacidade pastoral, atribuíram-lhe o cuidado de múltiplas comunidades paroquiais ao mesmo tempo.

Dicastério das Causas dos Santos

O Servo de Deus nasceu em 30 de junho de 1884 em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e faleceu em 1980. Sua fama de santidade motivou a abertura do processo, iniciado na Diocese de Divinópolis com a autorização do Vaticano. A fase diocesana do processo começou em julho de 2012 e foi concluída em novembro de 2016. A documentação reunida foi encaminhada para Roma. Com o reconhecimento das virtudes heroicas do Padre Libério, avança o momento da beatificação do sacerdote, que agora recebeu o título canônico de venerável.

“Fomos surpreendidos hoje com esta notícia que nos traz muita alegria. Venerável significa o reconhecimento do Padre Libério como digno de respeito, um religioso que teve uma vida de virtudes em grau de santidade”, comemorou o bispo da Diocese de Divinópolis, Dom Geovane Luís da Silva.

Outros beatos e veneráveis

Wikipedia

Beato Max Josef Metzger

Dos 19 beatos, 16 são mártires mortos por ódio à fé sob duas ditaduras: a nazista e a soviética. Trata-se de Max Josef Metzger, sacerdote diocesano, fundador do Instituto Secular Societas Christi Regis, morto em 17 de abril de 1944 na Alemanha, e Christophora Klomfass e suas 14 companheiras da Congregação das Irmãs de Santa Catarina Virgem e Mártir, mortas pelo regime comunista soviético em 1945.

Ainda eleitos como beatos, está o Patriarca de Antioquia dos Maronitas Estêvão Douayhy, libanês, que viveu no século XVII, que realizou um intenso trabalho para ajudar os pobres e em favor do diálogo ecumênico entre o Oriente e o Ocidente. O Venerável José Torres Padilla, sacerdote diocesano espanhol, da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz e o Venerável Camilo Costa de Beauregard, sacerdote diocesano francês (1841–1910), denominado “pai dos órfãos” também serão beatificados.

Além do Padre Libério, mais seis homens e mulheres tiveram suas virtudes reconhecidas pelo Vaticano: Geervaghese Thomas Panickaruveetil Mar Ivanios, arcebispo de Trivandrum, na Índia, o leigo professo Antonio Tomičić, croata da ordem dos Frades Menores Capuchinhos, a leiga e mãe de família Maddalena Frescobaldi Capponi, fundadora da Congregação das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz, Maria Alfinda Hawthorne, fundadora das Irmãs Dominicanas de Santa Rosa de Lima, Angelina Pirini, líder leiga da Ação Católica paroquial de Celle di Sala di Cesenatico, em Emilia Romagna, na Itália, e por fim, Elisabetta Jacobucci, religiosa professa do Instituto das Terciárias Franciscanas Alcantarinas.

Padre Rodrigo Arnoso explica a diferença entre beatificação e canonização

Fonte: Vatican News/Arquidiocese de Belo Horizonte