Padre Ezequiel Ramin, o missionário comboniano ordenado na Itália e enviado ao Brasil em 1980, assumiu trabalho em Cacoal (RO), a 480 quilômetros da capital Porto Velho, na defesa dos indígenas e trabalhadores rurais sem terra.
Foi assassinado em 1985 aos 32 anos na Amazônia brasileira, quando voltava de uma missão de paz. Defensor dos índios e dos pobres foi baleado pelo seu compromisso com os sem terra.
Segundo padre Dario Bossi, Superior Provincial dos Missionários combonianos, o Servo de Deus, Pe. Ezequiel é reconhecido pelos bispos do Brasil, em carta ao Papa Francisco, como uma referência do Sínodo para a Amazônia, que acontece em outubro no Vaticano.
:: A ação missionária da Igreja para o Sínodo da Amazônia
“Ele acompanhava essas situações sentindo em si um impulso missionário e o que é o impulso de quem promove o Reino de Deus, na justiça, na paz e no direito. Como diz Papa Francisco hoje ‘para que todos tenham terra, casa e trabalho’”.
O Superior Provincial dos Missionários combonianos destacou o exemplo de testemunho profético de Pe. Ezequiel.
“Ele nos ensina que o martírio ainda nos dias de hoje não é só um caso isolado de um padre, mas a expressão de uma Amazônia em disputa, onde muitas comunidades, sobretudo as mais expostas e ameaçadas ainda sofrem de criminalização e perigo. Ezequiel reencarna hoje o grito dos Povos Indígenas, dos ribeirinhos e das comunidades tradicionais que clamam pelo direito a terra, território e vida digna”, afirmou padre Dario.
Missionários combonianos no Brasil
Os missionários combonianos dedicam-se ao trabalho missionário e à evangelização dos povos. Desde 1952 no Brasil, atuam na defesa da Amazônia, acompanhamento dos povos indígenas, povos Leia MaisVocê sabe o que é Ecologia Integral? afrodescendentes, direitos humanos, periferia e Animação Missionária e Vocacional, sempre pensando em uma evangelização baseada no diálogo intercultural e inter-religioso.
Sínodo para a Amazônia
Padre Dario Bossi participa do Sínodo para a Amazônia, entre os dias 6 e 28 de outubro em Roma, como padre sinodal.
“Eu carrego dentro de mim a bagagem, a emoção e a responsabilidade de centenas de pessoas encontradas nesses meses de escuta e do meu trabalho pessoal, que por 10 anos trabalhei na Amazônia Oriental maranhense. Participo do Sínodo em nome desses povos que deixaram no processo de escuta do Sínodo muitas indicações, recomendações e clamores para que a Igreja se faça solidária e também para que a Igreja recupere um rosto amazônico, descolonizando sua postura e sabendo inculturar -se com respeito e com no diálogo aberto com esse povos”.
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