Foto de: Arquivo pessoal
Adelita apresenta orgulhosa sua família, seu
esposo Júlio e seus filhos Estêvão e Maria.
Inúmeras famílias optam pela adoção e percorrem um longo caminho que perpassa pela espera e expectativa.
Segundo informações do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome), em 2010, existiam 22.773 crianças e adolescentes em Serviços de Acolhimento Institucional em todo pais. Deste total, segundo o CNA (Cadastro Nacional de Adoção) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em setembro de 2011, 4.856 crianças e adolescentes estão aptas à adoção.
É o caso da pequena Maria Esther, que chegou para completar a família de Adelita, Júlio e Estêvão.
Depois do nascimento do filho mais velho, Estêvão, Adelita Maria Rozetti Frulane e seu esposo Júlio, sentiram que a família ainda não estava completa e decidiram anotar uma criança.
“Deus foi bom para mim, me deu a possibilidade de completar a minha família me dando uma linda filha”, afirmou Adelita.
No entanto, é muito importante que a decisão pelo processo de adoção se dê de maneira muito consciente e que os pais estejam verdadeiramente preparados para receber uma nova vida e todos os desafios e alegrias que a acompanham.
“Quando eu, meu esposo e meu filho mais velho, o Estêvão, nos abrimos para mais uma criança na nossa família através da adoção, com surpresa nos deparamos com muitos preconceitos entre pessoas das quais nunca esperaríamos isso”, afirmou Adelita.
De acordo com o Coordenador Nacional de Promoção e Defesa de Direitos das Aldeias Infantis SOS Brasil, Rogério lima de Aguiar, um casal ou uma pessoa que pretende adotar deve acima de tudo amar. Amar a humanidade, amar todas as crianças do mundo como seus filhos, amar a fraternidade e solidariedade.
“Também devem ter claridade das motivações internas de seu desejo em conceber um filho ou filha na gestação do coração. Devem ter como centralidade de sua vida o amor incondicional e o interesse superior da criança e do adolescente. O conceito central da gestação de uma adoção deve ser o de ofertar a essa criança e adolescente o direito humano nato de ter uma família onde possa viver e se desenvolver com afeto, respeito e proteção”, afirmou.
Aguiar ressaltou que não existem ex-filhos, uma vez adotado esse ser humano é seu filho, é sua responsabilidade, é sua vida.
“Eu sou pai por adoção de uma linda filha, chamada Maria e afirmo a todos os pretendentes à adoção – eu a amo, ela me ama, nós somos felizes, portanto convido a todos a viverem o amor em toda sua plenitude”, completou.
Com Maria Esther de quatro anos nos braços, Adelita também alerta para o preconceito que é enraizado e que segunda ela vem dos tempos dos coronéis, onde os fazendeiros "pegavam pra criar", sem registrar como filhos.
“Foi preciso amor para desarmar esses preconceitos. Esperei minha filha dois anos, foi uma gravidez de elefante. Mas foi muito positivo para mim, porque nesse tempo li muito, orei muito, a gerei no coração e me desvencilhei dos preconceitos”, acrescentou.
“O amor que temos por ela é o mesmo que temos pelo Estêvão”, ressaltou Júlio.
Para Rogério Lima de Aguiar, os pretendentes (candidatos a pais) exigem diversos pré-requisitos inviabilizando assim a adoção.
Dos pretendentes, quase 83% exigem, por exemplo, adotar somente uma criança, onde no Brasil, mais de 77% das crianças e adolescentes aptas à adoção têm irmãos na mesma condição.
“O que impressiona é que existem mais de 5 pretendentes cadastrados para cada criança e adolescente apta à adoção, impedidas de ter um lar por causa de exigências superestimadas”, afirmou.
Assim como a pequena Maria Esther, milhares de brasileirinhos esperam pelo calor afetivo de um lar e pela experiência da carinhosa que ultrapassa os parâmetros genéticos.
“Hoje somos uma família completa, não nos sentimos mais faltando um pedaço. Se Deus tiver essa benção para você, não tenha medo de ser feliz”, completou.
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