“Jesus entrou, pôs-se no meio deles [apóstolos] e lhes disse: ‘a paz esteja convosco” (Jo 20,19).
Este grande sonho de Jesus Cristo para todos nós continua ameaçado e distante para pessoas que vivem em áreas de conflitos, dentre os quais, na região da Ucrânia. A paz, condição irrenunciável para a construção de um mundo melhor, é, nas pautas de pessoas poderosas, ofuscada pelo anseio de poder.
O Documento de Aparecida afirma que “a paz é um bem valioso, mas precário que todos devem proteger e promover” (DAp 542).
É missão dos cristãos, diante de realidades desafiadoras, promover a paz. A paz que queremos para o nosso mundo começa em cada coração humano: a paz não se compra, não se conquista com armas; a paz se constrói no âmago do existir de cada pessoa.
A paz que queremos para o mundo começa no nosso agir. Não compactuar com circunstâncias que ameaçam a paz é o primeiro passo, mas não é o suficiente; é preciso semear a paz em nossa família, em nossa comunidade, em nosso trabalho e em muitos outros lugares que compõem o cenário do nosso existir.
Leia Mais“Uma vergonha para a humanidade”: O fracasso na manutenção da pazPapa sobre tensão entre Rússia e Ucrânia: “Paz de todos está ameaçada”Não basta apenas dizer que queremos paz. Os tiranos que oprimem também utilizam este discurso. Não se promove a paz com palavras vazias; é preciso ação.
Mas como ser semeador da paz?
A Constituição Pastoral Gaudium et Spes afirma que “para a construção da paz é indispensável a vontade séria de respeitar os outros povos (...). Destarte, a paz se apresenta também como fruto do amor, que avança além dos limites que a justiça é capaz de proporcionar” (GS78).
A paz começa em reconhecer que o outro não é apenas um alguém; o outro, independentemente de quem seja, é imagem e semelhança de Deus, ou seja, o respeito à dignidade do próximo é uma condição irrenunciável para que a paz não seja apenas uma utopia. Jesus Cristo, aos promotores da paz, promete:
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
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