Em 2018, a Igreja no Brasil vive um ano dedicado aos leigos. Na série especial "Rostos do Laicato", o A12 discute a missão e a vocação do leigo em algumas realidades. Na sequência de vídeos abaixo, a conversa é sobre o tema 'Idosos' com o Bispo de Patos (PB), Dom Eraldo Bispo da Silva, e o Bispo Auxiliar de Belo Horizonte (MG), Dom Edson Oriolo.
No primeiro bloco, Dom Eraldo destaca que o idoso é figura de riqueza. Confira.
Leia MaisRostos do Laicato: Caminhos para a família O Bispo de Patos (PB) afirma que é um momento privilegiado para fortalecer a atuação dos leigos, dentro e fora da igreja, principalmente em tempos difíceis. “A pessoa idosa é importante em si mesma, pois são pessoas que nos passam a riqueza da experiência de vida”, afirma o bispo. Ele conta no vídeo que o Papa Francisco mostra que idoso e jovem se complementam, revelando que a vitalidade do jovem enriquece e fortalece a vida do idoso.
Para ele, muitas vezes os idosos vivem a ausência do cuidado, da paciência, das políticas publicas. “Apesar de termos os estatutos, nem sempre os direitos são respeitados”, aponta.
Segundo Dom Eraldo, a Igreja olha para a pessoa idosa como alguém muito especial. Porém, nas famílias muitas vezes existe a carência do afeto. “Se não vivem em albergues, é porque representam segurança financeira para a família. Em alguns casos, não são bem cuidados; muitas vezes são esquecidos e abandonados pelos próprios familiares”.
Dentro deste contexto, o Bispo exemplifica o trabalho desenvolvido na Diocese de Patos, que tem investido muito na formação de lideranças nas paróquias.
No segundo vídeo, podemos constatar, nas palavras de Dom Eraldo, que o idoso "não é só um velho".
Para Dom Eraldo, o esforço e a consciência pastoral do leigo, inclusive jovens que se dedicam, são fundamentais. Em Patos, após a Crisma, no momento do engajamento pastoral, a juventude assume a Pastoral da Pessoa Idosa, tornando-se líderes e capacitando-se para o trabalho. “É um aspecto de missão, evangelização, acolhida, amor, afeto. Quando falamos de pessoa idosa, temos um conceito importante: não é só um velhinho ou uma velhinha, como podemos pensar de forma simplista. É a pessoa idosa, com toda a sua realidade física, doença, deficiência ou até mesmo o abandono da família”, aponta.
Neste vídeo, Dom Edson destaca mais uma vez o descarte do idoso pela família e pelas autoridades públicas. O que podemos dizer de um mercado que descarta o idoso? “Em uma sociedade altamente consumista, pessoas são descartadas como objetos. Elas são importantes enquanto produzem. As pessoas passam a ter data de validade, e aquele que não produz passa a não ter nenhum valor, apontando que, quando ele não está no nível das coisas e do consumo material, não serve mais. Infelizmente, quando isso invade o âmbito da vida humana, as pessoas se tornam objetos”, critica.
No terceiro vídeo, dom Eraldo indica qual a conexão que devemos ter com os idosos.
Para o bispo, as crianças e os jovens precisam dar mais atenção aos idosos: “Temos o mundo na mão, no celular, mas as pessoas que estão ao nosso lado estão distantes. Vejo muitas vezes o idoso no seu cantinho e o jovem esquecendo de que, ao lado dele, tem alguém que precisa de um afeto, um carinho.
No quarto vídeo, o bate-papo é com Dom Edson Oriolo. O assunto é a realidade do idoso.
Na avaliação de Dom Edson, o idoso pensa de uma maneira, como por exemplo, 1 ,2 ,3, 4... mas o jovem pensa 2, 5 e 7. “O importante é que o idoso saiba acolher bem o jovem, e o jovem ao idoso. Em Belo Horizonte, isso é trabalhado sob a luz da Palavra de Deus”.
No vídeo, Dom Edson também comenta sobre a realidade nas grandes cidades. “A cidade é um grande desafio, porque existe o limite do deslocamento, das grandes vias, das muitas pessoas e muitas vezes o idoso vai se perdendo no anonimato. É importante reintegrar”.
De acordo com Dom Eraldo, o ideal é arrumar meios, viver a pastoral do Encontro, para celebrar o mistério da Eucaristia.
No último vídeo sobre o tema, o bispo auxiliar de Belo Horizonte mostra que a Igreja é lugar para todos. “Não faltam vagas para leigos”, afirma.
A conversa revela que é importante devolver ao outro aquilo que se recebe da Igreja. “Vivemos um momento de crise, mas a nossa Igreja é ministerial; há lugar para todos, então as nossas portas devem estar abertas para que o fiel leigo possa exercer um ministério dentro e fora. Não faltam vagas para leigos dentro da igreja, afirma o bispo.
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