A Santa Sé divulgou o primeiro relatório anual que avalia as políticas de proteção contra abusos em dioceses e organizações católicas ao redor do mundo. Este documento, com cerca de 50 páginas, foi desenvolvido pela Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores e marca o primeiro de uma série de relatórios anuais.
A iniciativa procura promover transparência nas ações da Igreja e identificar áreas que precisam de maior atenção para proteger os fiéis, especialmente em regiões com recursos limitados. Essas medidas são vistas como passos importantes para restaurar a confiança no compromisso da Igreja com a proteção e a transparência, conforme desejado pelo Papa Francisco e liderado pelo cardeal Seán O'Malley.
O relatório conclui que América Central e do Sul, África e Ásia enfrentam sérias dificuldades na implementação de práticas de proteção, devido à falta de recursos e treinamento adequado. A comissão também destacou a necessidade de maior transparência nos processos jurídicos conduzidos pela Cúria Romana, afirmando que a falta de clareza pode minar a confiança dos fiéis, principalmente das vítimas.
Leia MaisPapa Francisco pede transparência sobre abusos na IgrejaPapa se encontra com vítimas de abusos por parte da IgrejaPontifícia Comissão planeja atualizar diretrizes de prevenção ao abuso sexualOutro ponto abordado foi o processamento lento dos casos pelo Dicastério para a Doutrina da Fé (DDF), que pode resultar em novos traumas para as vítimas. A Pontifícia Comissão, que faz parte do DDF desde a reforma da Cúria Romana promovida pelo Papa Francisco em 2022, solicitou a criação de um ombudsman, ou seja, um observador para apoiar as vítimas diretamente.
A comissão examinou práticas de proteção em uma dúzia de países, entre eles México, Bélgica e Papua-Nova Guiné. Nas regiões desenvolvidas, como partes da Europa, houve destaque para práticas avançadas com apoio psicológico e legal. Já em países como Papua-Nova Guiné e República Democrática do Congo, a escassez de recursos, incluindo treinamento em direito canônico e psicologia, ainda representa um grande desafio.
A comissão também lançou a “Iniciativa Memorare”, inspirada em uma oração tradicional a Nossa Senhora, com o intuito de fortalecer o apoio a centros de denúncia e atendimento às vítimas no sul global.
Outras recomendações incluíram a simplificação de procedimentos para remoção de líderes implicados em abusos e colaborações com universidades pontifícias para criar programas de capacitação.
:: Carta de Aparecida contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes
Fonte: Vatican News
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