“Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O Papa Francisco, com este tema, convoca todos os cristãos a participarem do Sínodo da Igreja.
A finalidade deste Sínodo não é apenas produzir documentos ou estipular normas, mas “fazer germinar sonhos, estimular confiança, faixar feridas, ressuscitar uma aurora de esperança, aprender uns dos outros e criar um imaginário positivo que ilumine as mentes, aqueça os corações e restitua força às mãos” (Documento Preparatório, n.32).
Para que estes objetivos sejam alcançados, o Papa enfatiza sobre a necessidade de o povo ser escutado: “a Igreja sinodal é a Igreja da escuta (...) O caminho sinodal começa por escutar o povo” (Discurso do Papa Francisco, 17\10\2015).
Assim, na Igreja sinodal, cada pessoa, independentemente de quem seja, é importante e tem o direito de falar. Ouvir para agir gera fraternidade e, consequentemente, gera a sinodalidade: um caminho a ser percorrido por aqueles que professam a fé em Jesus Cristo. A sinodalidade proposta pelo Papa Francisco é muito mais do que uma regra a ser cumprida; sinodalidade é o rosto da Igreja-Comunhão; sinodalidade é o comprometimento e a busca ininterrupta de aprendermos a caminhar juntos na mesma direção.
Em qual direção? Na direção de Cristo e, por Ele e com Ele, caminhar ao encontro do próximo, especialmente aos mais abandonados. Caminhar em direção a Cristo gera comunhão; ao encontro dos necessitados, missão. Assim, sinodalidade é comunhão que gera missão.
Leia MaisSinodalidade: um caminho a ser percorridoSinodalidade: caminhar juntos'Sinodalidade' será tema do Sínodo dos Bispos em 2022 No documento “A sinodalidade na vida e na missão da Igreja”, a Comissão Teológica Internacional afirma que “o conceito de sinodalidade recorda o comprometimento e a participação de todo o povo de Deus na vida e na missão da Igreja” (n.7).
É desejo do papa, com este Sínodo, despertar os cristãos para a vida comunitária. Que neste despertar os mandamentos da Lei de Deus e da Igreja estejam escritos, também, em corações e não apenas em livros de catequese; que os sacramentos sejam celebrados e não apenas “recebidos” e que o respeito por aqueles que pensam diferente não seja apenas uma utopia!
Não basta apenas dizer que somos cristãos, é preciso sair do comodismo (participação), é preciso estar unido a Cristo (comunhão) e é preciso testemunhar com ações a fé que professamos em palavras (missão). A sinodalidade proposta pelo Papa Francisco alimenta o sonho de uma Igreja menos clericalista e mais pastoral - Igreja Samaritana (DAp 26). Os primeiros passos já foram dados, mas “ainda há um longo caminho a percorrer” (1Rs 19,7).
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