Desde a última quarta-feira (18), os delegados da assembleia do Sínodo sobre a Sinodalidade iniciaram a nova fase de diálogos sobre “a questão da autoridade, o seu significado e o estilo do seu exercício dentro de uma Igreja sinodal”.
Leia MaisSínodo que nos pede dedicação na caminhada da IgrejaSínodo dos Bispos destaca a importância da LiturgiaPaolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação e presidente da Comissão de Informação, disse precisamente que a autoridade é exercida com os pés descalços.
"Aquele que tem autoridade não deve controlar tudo, mas ter a capacidade de delegar. O bispo tem a última palavra, mas não a única".
Na manhã deste sábado (21), em entrevista coletiva na Sala de Imprensa do Vaticano, Ruffini salientou que no Sínodo foram ouvidos fortes testemunhos de lugares de guerra ou sofrimento no mundo.
"Houve um apelo para ajudar os jovens no Oriente Médio que está a sangrar, para ajudá-los a não perder a esperança ou a ter a dor como única perspectiva e, portanto, deixar o país”, disse o prefeito.
A busca intensa pela paz para cessarem os conflitos
Chegando ao fim desta terceira semana de trabalhos, 329 membros do Sínodo estiveram presentes na Sala Paulo VI, no Vaticano. Ainda neste sábado, acontecerá a oração do Rosário na Praça de São Pedro, com especial intenção de rezar pela paz.
Ruffini disse que os testemunhos sobre a guerra “vieram de bispos, não-bispos, homens e mulheres de diferentes faixas etárias. Muitos membros do Sínodo estão passando por esta condição ou acabaram de sair de processos de paz que lutam para progredir”.
Entre os tópicos discutidos estavam o papel dos pastores no serviço aos pobres, em sintonia com a oração presidida na noite desta quinta (19) pelo Papa na Praça de São Pedro em favor dos migrantes e refugiados.
"Os bispos devem pedir a conversão do coração para que os sentimentos de humanidade sejam reavivados naqueles que, com o tráfico de armas, contribuem para a 'terceira guerra mundial' que causa sofrimento a milhões de pessoas".
Comunhão, missão e participação
Paolo Ruffini ainda disse que, no Sínodo, outro tema importante nos diálogos foi a comunhão com o Santo Padre.
"Quem não está em comunhão com o sucessor de Pedro, fere o Corpo de Cristo, que é a Igreja. É fundamental a comunhão dentro da Igreja. A comunhão é a melhor mensagem que podemos enviar nesse mundo de guerras e indiferenças, e o Sínodo é testemunha disso".
O Cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, arcebispo de Huancayo, no Peru, resumiu como estão sendo as atividades do Sínodo sobre a Sinodalidade.
"Na realidade, este Sínodo foi preparado há dois anos nas paróquias e dioceses, depois nos países e continentes. Não estamos inventando nada! Recolhemos o que o Espírito Santo está nos dizendo! Os bispos como responsáveis pelos territórios da Igreja Universal, e vivemos um Sínodo com religiosos e leigos que estão participando ativamente nas 35 mesas.
Estamos unidos no mesmo Espírito, que tem como fonte a Santíssima Trindade, unidos em comunhão, missão e participação! Desejo dizer, pessoalmente, que há mais de 50 anos como sacerdote, estou vendo que a Igreja está em movimento e a caminho para servir Cristo e a humanidade".
Arquivo A aborda o Sínodo sobre a Sinodalidade
Fonte: Vatican News
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