A Igreja Católica no Brasil vive atualmente a Campanha da Fraternidade, que além do tema “Fraternidade e Amizade Social” tem o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8) extraído do Evangelho de São Mateus, e que está em sintonia com a Carta Encíclica Fratelli Tutti, assinada em Assis pelo Papa em outubro de 2020.
“Francisco nos diz que a amizade social é a capacidade de ampliar os nossos círculos para além dos nossos afetos, gostos e interesses. Nós temos que olhar para todos e reconhecer em todos os seres humanos nossos irmãos e irmãs, nossos amigos, pessoas de quem nós devemos cuidar como irmãos e irmãs. A amizade social é esta capacidade de ampliar o olhar, de ampliar a visão, de ampliar o próprio coração, para além daquilo que nós estamos acostumados”, disse o Padre Jean Poul Hansen, secretário-executivo do Setor Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na Encíclica, o Santo Padre ilumina nosso cotidiano, nossa postura de vida, nossa relação humana, e nos ajuda no processo de construção de um mundo mais fraterno, onde todos realmente sejam vistos como membros de uma única família.
“Somos chamados ao compromisso de viver e ensinar o valor do respeito, o amor capaz de aceitar as várias diferenças, a prioridade da dignidade de todo ser humano sobre quaisquer ideias, sentimentos, atividades e até pecados que possa ter… Amar o mais insignificante dos seres humanos como a um irmão, como se apenas ele existisse no mundo, não é perder tempo… Se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida” (Fratelli Tutti 191, 193, 195).
Em artigo publicado no site da CNBB, Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, ressalta a missão da Campanha em despertar para a beleza da fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade entre todos.
“Entre seus propósitos, está a missão de compreender como a mentalidade de divisão está afetando o conjunto da vida, inclusive a dimensão religiosa, e identificar as principais causas da atual mentalidade de oposição e conflito, que gera a incapacidade de ver nas outras pessoas, um irmão e irmã. Pretende-se, também, conscientizar sobre a necessidade de superar as divisões e polarizações, construindo a unidade em meio à pluralidade”.
Dom Leomar também destaca os sinais da fraternidade inscritas em nossa natureza humana a partir da comum filiação divina nos convida constantemente, apesar dos desequilíbrios causados pelo pecado original, a viver a amizade social querida por Deus.
“Outro dado a ser considerado é a solidariedade que caracteriza o povo brasileiro e que se manifesta de forma gratuita e voluntária nas grandes tragédias, sejam elas naturais ou criminosas, quando as comunidades se mobilizam, organizam-se e colocam em comuns bens e serviços necessários para o socorro das vítimas, realizando, mesmo que temporariamente, a fraternidade e amizade social querida por Deus em todo tempo e lugar”.
Despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana
Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) enfatiza que neste tempo quaresmal somos convidados a entrar na dinâmica do amor fraterno.
“A fraternidade, as relações fraternas, brotam do amor. Como diz São Paulo aos Coríntios: em primeiro lugar está o amor, o amor nunca deve ser colocado em risco, o maior perigo é não amar (1Cor 13, 1-13). A fraternidade é possível, a amizade social é necessária. Para as seguidoras e seguidores de Jesus, não existem inimigos, mas irmãos, irmãs. A fraternidade ilumina as diferenças e reconcilia os desencontros, reconstrói o tecido social, inspira harmonia com o meio ambiente. É a fraternidade que vela e cuida do bem comum, da justiça, da solidariedade, da equidade, da casa comum”.
E para Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG), acolher o ensinamento de Jesus é reconhecer o valor da amizade social, dom a ser vivido por todos os seres humanos.
“É sempre essencial se lembrar do que Jesus, na sua maestria, recomenda aos seus discípulos, no Sermão da Montanha: estando a caminho de se fazer uma oferta a Deus, é preciso lembrar se há algum senão no relacionamento com o semelhante. Se houver, deve-se deixar a oferta e, primeiramente, buscar se reconciliar com o irmão”.
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