Intérprete: Kiara Maria Socuta Quintanilha
Reflexão: Padre Marcelo Magalhães
Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”
Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.
Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”.
Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
Reflexão
O Filho de Deus se fez um de nós. Revelou o rosto misericordioso do Pai. Formou uma comunidade de discípulos. Ensinou-lhes o caminho do Reino de Deus. Junto às pessoas excluídas, manifestou-lhes o poder de Deus que liberta, cura, perdoa, sacia. Desse modo, Jesus conta com seus seguidores, ou seja, cada um de nós e nos envia em missão para continuar a sua obra.
A compreensão do Messianismo de Jesus por parte dos seus discípulos foi acontecendo lentamente. Pois estavam imersos na ideologia religiosa do Templo, esperavam um Messias com poder de monarca da linhagem de Davi capaz de libertar o povo da dominação romana. Portanto se essa era a mentalidade dominante a respeito do Messias, ela deveria causar grandes problemas para os políticos da época. De fato, vários lideres messiânicos foram simplesmente exterminados antes de Jesus. Nenhuma das respostas dadas a Jesus sobre o que as multidões diziam a seu respeito contempla a ideia de Messias. Lucas reserva essa concepção para Pedro, o representante dos discípulos: “Tu és o Messias de Deus”.
Imediatamente Jesus os proíbe de espalhar essa afirmação para outras pessoas. Ele conhece os seus seguidores e sabe que eles ainda estão fanatizados pela ideologia dominante. A cruz e morte estão intimamente ligados ao messianismo de Jesus, desse modo, a concepção triunfalista cai por terra: “Se alguém quer vir após mim, renuncia a si mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me”. A escolha de Jesus é o caminho do servo sofredor.
Assim como discípulos possamos nós, nos libertar das visões grandiosas de Jesus, assumindo nossas cruzes diárias.
Amém!
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