Liturgia

A atitude de compaixão do Bom Pastor

Evangelho de Marcos nos diz como Jesus responde à fome de Vida e de esperança daqueles que O procuram

Escrito por Alberto Andrade

21 JUL 2024 - 07H00

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“Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas sem pastor”. (Mc. 6,34)

Neste 16º Domingo do Tempo Comum, a liturgia da Palavra nos revela o amor e a misericórdia do Senhor com a humanidade a partir atitude compassiva de Jesus Cristo diante da multidão que o seguia. Esta compaixão é plena na oferta que Deus Pai faz de si mesmo através da doação da vida do seu Filho, nosso Salvador.

No Evangelho de São Marcos (6, 30-34) Jesus acolhe os discípulos quando retornam da missão para a qual o Senhor os enviou no Evangelho do domingo passado. Cansados e animados, partilham as expectativas, esperanças e comunicam os acontecimentos e ensinamentos da missão. Jesus os ouve e os convida a um lugar deserto, distante da multidão.

O ato de retirar-se é um período para avaliar a atual missão e planejar as próximas ações missionárias. Na Sagrada Escritura é o lugar da aliança de Deus com Seu povo. Mesmo se isolando no deserto, os discípulos contemplam a multidão correndo em direção para encontrar Deus na pessoa do seu Filho Jesus.

De forma gradual, os discípulos entendem que são continuadores dessa missão. Eles testemunham o amor, a bondade e a solicitude de Deus pelos seres humanos que caminham no mundo perdidos “como ovelhas sem pastor”. Neste sentido, temos consciência de que buscar o fim do sofrimento da humanidade é responsabilidade nossa, porque somos os discípulos que Jesus envia em missão.

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A missão em si é combater tudo que escraviza e fere a humanidade, nos impedindo de sermos verdadeiramente felizes. O discípulo, então, deve permanecer tendo Jesus como modelo e centro de sua vida e missão. Mas para que isso aconteça, a cada ação realizada, o discípulo deve retornar sempre a Jesus, para ouvi-Lo, dialogar com seu coração de Bom Pastor, escutar os seus planos e elaborar com Ele os projetos missionários.

Assim como a multidão, muitas vezes seguimos os passos de Jesus, mas não pelas razões certas. O Cristo não deve ser objeto de curiosidade, mas sim, de prioridade. Jesus deve ser buscado pelo que é em Si mesmo: nosso Deus, nossa Salvação e nosso Bem.

Devemos seguir o exemplo do próprio Jesus e não ficar acomodados no emocional, numa comoção paralisadora. Devemos deixar que a nossa compaixão também nos leve a agir por nossas ovelhas, defendo-as e sarando-as do mal que o pecado causou entre nós.


Padre Ferdinando reflete sobre Cristo, o Bom Pastor


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