A coragem de Maria ao dizer um sim definitivo a Deus

“O anjo, então, disse-lhe: ‘Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi’”. (Lc 1, 30-32)

A Igreja Católica nos ensina que Nossa Senhora foi concebida sem pecado original, um privilégio que a preparou para ser Mãe do Salvador. Aqui no A12, você confere mais detalhes do dogma, definido pelo Papa Pio IX em 1854, reflete a crença de que, desde o momento de sua concepção, Maria foi cheia de graça, assim se tornando um modelo de virtude e fé para todos os cristãos.

Leia MaisDogmas da Igreja: Imaculada Conceição e Virgindade PerpétuaOs Padres da tradição oriental celebram a Mãe de Deus como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.

Celebrando a Solenidade da Imaculada Conceição somos questionados como respondemos aos planos de Deus. Voltando nosso olhar para o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia nos chama a acolher os planos de Deus para nós e para o mundo. Nesta rica caminhada para o Natal, somos convidados a contemplar para a Imaculada, e reconhecer nela o modelo perfeito de acolhida da Salvação de Deus.

No Evangelho deste domingo (8), São Lucas (Lc 1,26-38) narra de forma direta a Anunciação, onde o Arcanjo Gabriel revela a Maria que ela irá conceber Jesus, Filho do Altíssimo da raiz de Davi. Nossa Senhora então diz: “Eis aqui a serva do Senhor”, e dá o exemplo de sua total entrega e confiança em Deus. Este momento é crucial, pois marca o início da encarnação e a realização da promessa de salvação.

A Solenidade oferece várias aplicações práticas para a vida cristã. Ao contrário de Adão e Eva, Maria recusou o orgulho, o egoísmo e a autossuficiência e preferiu entregar a sua vida, de um jeito total e radical, aos planos de Deus. Deste “sim” total, resultou salvação e a vida plena para ela e para todos nós.

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A resposta final de Maria

“Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). A forte e imponente resposta demonstra sua consciente decisão de acolher a vontade de Deus Pai. Ela se reconhece como “serva” e aceita essa eleição, com tudo o que ela implica – alegrias e tristezas; exultações inenarráveis e sofrimentos indescritíveis. Maria, apesar das muitas justificativas possíveis e até aceitáveis para recusar o anúncio angélico, reconhece que Deus a escolheu, aceita com disponibilidade e liberdade essa escolha e manifesta a sua disposição de cumprir, com fidelidade, até as últimas consequências, o projeto de Deus.

“A celebração da Imaculada Conceição é uma oportunidade para fortalecer a devoção mariana. Ao honrar Maria, os cristãos são levados a aprofundar sua relação com Cristo, reconhecendo que ela é um caminho seguro para chegar a Ele. A oração e a meditação sobre a vida de Maria podem inspirar os fiéis a viverem com mais amor e compaixão, seguindo o exemplo da Mãe de Deus em suas interações diárias”, disse Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen (RS).

Quando contemplamos a presença real de Nossa Senhora, podemos compreender que o mistério da Graça de Deus a envolveu desde o primeiro momento da sua existência, fazendo-a destinada a tornar-se a Mãe do Redentor, preservada do contágio do pecado original. Olhando para a Mãe do Céu, reconhecemos a altura e a beleza do projeto de Deus para cada ser humano: Somos chamados desde o início da criação a tornarmo-nos santos e imaculados no amor à imagem do nosso Criador.

Padre Reinaldo e Irmão Afonso Murad refletem sobre o dogma da Imaculada Conceição