Estamos na espera do Senhor Jesus que nos liberta!

“Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28)

Leia MaisO que a Bíblia nos ensina sobre o pecado e a misericórdia?Jesus: Rei da verdade, da misericórdia e da compaixãoA Igreja Católica inicia um novo ano litúrgico, uma preparação ao nascimento do Salvador no passado ao mesmo tempo em que nos ajudam a manter vigilante a expectativa da sua segunda vinda gloriosa, no fim dos tempos. 

Assim, vamos compreender que se trata de um oportuno e necessário tempo de oração que nos ajuda no discernimento dos caminhos de nossa vida que necessitam da luz de Jesus para serem bem conduzidos.

São Paulo na segunda leitura (1Ts. 3,12–4,2) escreve aos Tessalonicenses, e aos cristãos de todas as épocas, uma exortação que visa fortalecer o ânimo, evitando assim cair na mediocridade e no comodismo.

Já tinham se passado muitos anos desde a morte e ressurreição de Cristo, enquanto muitas comunidades recebiam o anúncio da fé, outras estavam abaladas por causa da perseguição e também devido à espera não concretizada pela segunda vinda imediata do Senhor Jesus.

Nós, como povo eleito pela graça da ressurreição, devemos nos manter na atitude de esperança enquanto nos preparamos para a vinda definitiva do Senhor, mesmo que não saibamos quando ela acontecerá. O apóstolo também ressalta que a comunidade cristã está em permanente peregrinação em direção à santidade e perfeição desejada por Deus.

No Evangelho (Lc 21,25-28.34-36) São Lucas nos apresenta Jesus como o Messias prometido por Deus Pai e anunciado pelos profetas, o alvorecer de um novo tempo, onde somos verdadeiramente livres e com vida em abundância.

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A libertação definitiva, ainda que demore, não deve ser esperada com desânimo e em atitude de comodismo. É necessário se manter em constante estado de oração e vigilância para reconhecer e aceitar esta salvação ofertada por Deus como dom.

Cristo veio uma primeira vez quando se encarnou no ventre da Virgem Maria e virá uma segunda vez na conclusão do projeto de amor de Deus Pai.

Durante essas semanas de Advento, somos convidados a refletir sobre nossa realidade e rezar pelas muitas situações de angústia e sofrimento do nosso tempo. Como discípulos de Jesus nos novos tempos nós presenciamos sinais catastróficos na natureza, sofrimento em meio às múltiplas guerras que vitimaram milhares de vidas.

O Natal de Nosso Senhor nos convida a abrir o coração à prática da caridade e viver as obras de misericórdia corporais e espirituais. Mesmo que diariamente vejamos os sinais da guerra, da fome, da doença, o Evangelho nos convida a perseverar na esperança. Lembremos: a libertação está próxima! É preciso manter-se firme no caminho com Cristo e construir, com Ele, a justiça e a paz.

“O caminho do Advento fala de esperança fundamentada em Jesus Cristo. Na história da humanidade tantos projetos que se apresentaram como solução definitiva dos problemas humanos desmoronaram. Por isso, olha-se o futuro com desconfiança, com medo e, por vezes, com pessimismo. Precisamos de uma esperança confiável, que só se pode encontrar em Jesus Cristo.

 A carta aos Hebreus afirma que Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre’. Ele abraça todas as dimensões do tempo, porque morreu e ressuscitou, enquanto partilha a nossa precariedade humana. Jesus Cristo não diz respeito somente aos cristãos, mas a todos os homens, porque ele é o centro da fé e o fundamento da esperança”, disse Dom Rodolfo Luís Weber, Arcebispo de Passo Fundo (RS) neste artigo do site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Padre Diego nos ensina as cores das velas do Advento