"Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muitos frutos, porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15,5)
Domingo passado escutamos o Senhor Jesus, Autor da Vida, que nos revelava com doçura e profundidade: “Eu sou o Bom Pastor” (Jo 10,11). E neste quinto Domingo da Páscoa, o Evangelho de São João nos convida a aprofundar a reflexão sobre a nossa união a Cristo por meio da imagem da videira e seus ramos, para assim compreendemos que só unidos a Cristo recebemos a vida verdadeira.
No Antigo Testamento a videira era um dos símbolos do Povo de Israel, o qual Deus plantou na Terra Prometida e cuidou sempre com amor. "Tua mãe era como videira plantada à beira d’água. Era verdejante e frondosa, por causa da abundância de água" (Ez 19,10).
Em outras ocasiões, Jesus tinha falado do Reino de Deus, comparando-o a uma vinha que é arrendada a agricultores. Agora, introduz algo novo. Ele é a videira. O próprio filho, que na parábola da vinha era o herdeiro, agora é identificado como a videira. Ele entrou na vinha, no mundo, e tornou-se uma videira. Permitiu ser plantado na terra. Com isto, Jesus Cristo está mostrando a profundidade do Amor de Deus.
O querido apóstolo apresenta Jesus como “a verdadeira videira” que produz os frutos que Deus anseia. Dele nascerão os ramos que formarão um novo Povo de Deus. Assim, convida os discípulos a permanecerem unidos a Cristo, pois é d’Ele que eles recebem a vida plena. Se permanecerem em Cristo, os discípulos serão verdadeiras testemunhas, no meio da humanidade, da vida e do amor de Deus.
"Essa é a última autoproclamação que Jesus faz onde ele é o tronco, os ramos são o povo e o Pai é o agricultor que espera os frutos da vinha. Sabemos que os frutos de uma videira se dão nos ramos e não no tronco. Jesus espera que a nossa fé e adesão a Ele dê frutos com a Palavra colocada em prática. O fruto é o amor fraterno e o exemplo desse amor é Ele mesmo dando a sua vida por aqueles aos quais ele da o seu amor. A videira verdadeira é a comunidade unida em Cristo e fecunda, nele, no amor e na comunhão fraterna", diz o Padre Carlinhos Melo, da Arquidiocese de Aparecida.
Permanece unido a Jesus quem acolhe no coração sua proposta do Reino de Deus e se compromete com uma vida de entrega a Deus e aos irmãos, até à doação completa por amor. Quem rompe a comunhão com a videira, trilha caminhos de egoísmo, de individualismo, de pecado. E acaba por se tornar um ramo seco, sem vida.
"Fomos enxertados na videira verdadeira: em Jesus, somos a Igreja, o novo Israel, a vinha eleita do Senhor. Somo-lo, porque, pelo batismo, fomos enxertados em Cristo e, agora, vivemos da sua seiva bendita, que é o Santo Espírito. A Igreja nasce de Cristo, ela nos é anterior; e nós, pela graça de Deus, somos nela enxertados pelo batismo e alimentados pela Eucaristia. Ser cristão é ser Igreja; e ser Igreja é estar profundamente unido a Cristo e, em Cristo, unidos uns aos outros. Vivemos a mesma vida, nutrimo-nos da mesma seiva: esta vida, esta seiva é o Santo Espírito do Ressuscitado!", diz o Cardeal Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, neste artigo no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Para São João, é preciso então “limpar” estes ramos através da conversão. Como realizar esta “poda” ou conversão? Comparando a nossa vida com a vida de Jesus e com a sua Palavra, para verificar se estamos permanecendo em comunhão com Ele. Assim, que possamos permanecer abertos na docilidade ao Espírito Santo para que o Pai, com sua graça fecunda, nos converta e mantenha permanentemente nossa comunhão como Jesus Cristo, nossa Videira e Vida Verdadeira.
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