Liturgia

Parábolas de Jesus: As cem moedas de prata

É preciso que produzamos e façamos render os bens que o Senhor deixou conosco

Escrito por Alberto Andrade

19 NOV 2024 - 10H57 (Atualizada em 19 NOV 2024 - 11H22)

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“Eu vos digo: a todo aquele que tem será dado, mas aquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado”. (Lc 19, 26)

No Evangelho desta quarta-feira (20), o Senhor conta a história de um rei que viajou e deixou os bens dele com os seus empregados para que os fizessem render. Diferente da parábola dos talentos, o patrão dá uma mesma quantia a cada um (100 moedas de prata).

Leia MaisRitual de espera: O significado do Advento na IgrejaUm dos servos lucrou dez vezes mais e foi recompensado com o governo de dez cidades. Outro lucrou cinco vezes mais e recebeu a administração de cinco cidades.

E o terceiro empregado guardou o dinheiro no lenço, amarrou bem e devolveu da mesma maneira que estava no dia da prestação de contas. Obviamente, o chefe não gostou nada disso.

A parábola ensina sobre a necessidade de corresponder à graça de Deus com muito esforço, de forma exigente, constante e durante toda a vida. Temos de fazer render todos os dons da natureza e da graça, recebidos do Senhor Jesus.

Quais lições aprendemos com Jesus?

A primeira é sobre a volta do Senhor, enquanto estamos na espera é tempo de trabalhar e ser compromissado com o que Deus quer de nós. Cada um de nós temos dons e capacidades e os deve colocar a serviço da vida, da fraternidade e da missão da Igreja.

Algumas pessoas podem conseguir mais, outras menos. Mas, todos nós podemos contribuir, pois para isso receberam recursos (moedas de prata). Enquanto o Senhor não chega, é preciso trabalhar e muito.

Outro ensinamento fundamental desta parábola é a prestação de contas do que conseguirmos realizar com os dons que o Senhor nos deu para administrar. É fato que chegará o dia da avaliação, do balanço do que se conseguiu com os recursos que Ele nos deixou.

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Ao fim de nossa caminhada aqui na terra, será muito ruim se nos apresentarmos de mãos vazias,
com a desculpa de algum medo do nível de exigência Dele ou qualquer outra desculpa, pois Ele disse aos seus escolhidos: ”Procurai negociar até que eu volte”. (Lc 19,13)

A terceira lição é a respeito do julgamento dos que trabalharam contra, pois algumas pessoas fizeram forte oposição para que o senhor não fosse coroado Rei. Jesus fala de Si mesmo. É Ele que, depois de sua Paixão e Morte, volta glorioso ao terceiro dia e retornará no final dos tempos como Juiz dos vivos e dos mortos. Estas "forças" que se opõem à Igreja e ao Senhor Jesus também prestarão contas do que fizeram para tentar impedir o reinado de Cristo.

Procuremos render os bens

Somos os empregados que receberam estes recursos para negociar e multiplicá-los. Jesus confia em nós para contribuir para que tudo melhore ao nosso redor: nossa família, a comunidade, na escola, no bairro e no mundo.

Veja quantos recursos Deus nos dá (consciência, inteligência, saúde, família, amigos, oportunidades...) além dos bens espirituais que o Rei do Universo nos concede (a fé, a esperança, a intercessão da Virgem Maria e dos santos, a Palavra, a Eucaristia) e não podemos deixá-los enterrados em um lenço!

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Como servos bons e fiéis do reinado de Cristo, temos que nos esforçar diariamente
para que os bens gerem frutos, para que tudo melhore ao nosso redor, para a nossa felicidade, para o bem dos que nos cercam e para a glória do nosso Senhor e Deus.

Jesus quer que aprendamos com Ele a sermos generosos, a doar a vida sem olhar a quem, a trabalhar pelo seu Reino de Justiça e Paz e a multiplicar seus talentos e dons que nos presenteia com tanta ternura. Será gratificante ouvir Dele a recompensa de nossos atos, de nossa vida doada sem reservas: “Muito bem, Servo bom e fiel!” . E em seguida nos oferta o dobro do que plantamos e colhemos.

.:: Como exercer bem o Dom do Conselho?


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