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Liturgia

Por que participar do Tríduo Pascal e não só da Sexta-feira Santa?

Celebrações da Semana Santa convidam os fiéis a participar do mistério central da fé cristã: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

Vinícius Figueira (Arquivo pessoal)

Escrito por Vinícius Paula Figueira

17 ABR 2025 - 11H55 (Atualizada em 17 ABR 2025 - 16H24)

A Semana Santa é a semana mais importante da nossa fé, pois nela “revivemos” os últimos momentos da vida de Jesus e, mais do que isso, o Seu mistério redentor, sua entrega total por amor à humanidade. Por esse motivo, é chamada de “Semana Maior”.

No entanto, é fundamental compreendermos por que devemos participar das celebrações desse tempo. Não se trata apenas de uma obrigação ou de um preceito, mas de um encontro profundo com Aquele que se entregou por nós e nos deu a vida.

Muitos fiéis participam em grande número da celebração da Sexta-feira da Paixão, especialmente às três horas da tarde, momento em que se adora a Cruz. Contudo, a participação na celebração do Sábado Santo costuma ser menor. Isso acontece porque a dor e o sofrimento frequentemente comovem e atraem mais do que a alegria da Ressurreição de Jesus. Contudo, a Ressurreição é maior que a morte, sendo ela a causa central da nossa fé.

O Tríduo Pascal — que compreende a Sexta, o Sábado e o Domingo — é, na verdade, uma única grande celebração. Do ponto de vista litúrgico, ele se inicia com a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira à noite (liturgicamente, essa celebração tem característica de Primeiras Vésperas e possui ligação já com a Sexta-feira), e se estende até a Vigília Pascal no Sábado à noite (que liturgicamente já é o Domingo de Páscoa). O fato de não haver uma bênção final entre essas celebrações reforça essa unidade. Por isso, todo cristão, movido pelo amor, deve vivenciar esses momentos por inteiro, nos três dias santos.

O Tríduo se inicia com a Missa da Ceia do Senhor, na qual Jesus deseja ardentemente comer a Páscoa conosco. Nela, somos convidados a contemplar o Senhor que se inclina para lavar os pés e se ergue para instituir a Eucaristia e o memorial.

Na Sexta-feira da Paixão, subimos o Calvário e dirigimos o olhar para o Crucificado e os crucificados. É um dia de profunda contemplação, no qual nos colocamos aos pés da cruz, reconhecendo o preço da nossa salvação.

O Sábado Santo, por sua vez, é um dia de silêncio e expectativa. Jesus está no sepulcro, e a Igreja, em oração, aguarda a vitória sobre a morte. É o dia da espera!

No Domingo, a Luz de Cristo resplandecente ressuscita”. A teóloga e liturgista brasileira Ir. Penha Carpanedo destaca um detalhe profundo e simbólico: celebramos a Vigília Pascal à noite porque “‘a noite’ foi a primeira testemunha da Ressurreição”.

Essa celebração é a mais importante do ano litúrgico, pois marca a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida. Nela, acendemos o fogo novo e reacendemos em nós a chama batismal — professando a fé e renovando as promessas.

É essencial entendermos que o Tríduo Pascal não é apenas uma recordação do passado, mas uma celebração viva do mistério da nossa redenção no tempo presente. Quando participamos da Ceia do Senhor, da Paixão e da Ressurreição, não estamos assistindo a um teatro, mas tornando esse mistério real no hoje da nossa vida. É estar à mesa com Jesus na Ceia, aos pés da cruz na Sexta-feira e testemunhar o sepulcro vazio no Domingo de Páscoa.

A Semana Santa não é um feriadão prolongado, mas um tempo de graça. Para nós, cristãos, não faz sentido passar esses dias longe da comunidade ou alheios às celebrações litúrgicas, pois são elas que dão sentido à nossa fé e à nossa vida. Vivamos esse tempo santo com consciência, entrega e amor, celebrando o mistério central da nossa Redenção.

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Escrito por:
Vinícius Figueira (Arquivo pessoal)
Vinícius Paula Figueira

Residente em Iconha/ ES (Diocese de Cachoeiro de Itapemirim), onde atua na formação litúrgica. Graduado em Comunicação Social e especializado pela PUC/ RS.

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