Nas últimas semanas, estamos acompanhando os desdobramentos de mais uma crise internacional, com o exército russo se preparando para invadir a vizinha Ucrânia.
A crise é tão forte e tão preocupante que o Papa Francisco, sempre antenado em tudo o que acontece no mundo, clamou aos cristãos para que se faça um dia especial de oração em favor da paz na região, neste dia 26 de janeiro. |
Os antigos inimigos da União Soviética, como os Estados Unidos e os países europeus membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), estão esperando algum tipo de movimento militar de Moscou, que já deslocou milhares de soldados para a fronteira com o país do Leste Europeu.
Motivos da crise
A Rússia está esperando uma promessa do Ocidente de que a Ucrânia não fará parte da Otan, a aliança militar ocidental. Mas, ao que tudo indica, esse desejo russo não será atendido.
Antes disso, no mês de março de 2014, a ocupação da Crimeia por tropas russas, fez com que os conflitos se acirrassem e a região acabou se transformando num verdadeiro barril de pólvora. A Criméia é uma república autônoma, localizada no interior da Ucrânia.
Os acontecimentos do passado e a crise do presente só fazem por acentuar a importância estratégica dessa região para a Rússia e para a Europa.
Há tempos a Rússia vem tentando barrar qualquer movimento da Ucrânia em direção das instituições europeias e da Otan, em particular. A Ucrânia faz fronteira tanto com a União Europeia como com a Rússia, mas sendo uma ex-república soviética, tem profundos laços sociais, linguísticos e culturais com a Rússia. O idoma russo é amplamente falado na Ucrânia.
O que vai acontecer a partir de agora pode colocar em risco toda a estrutura de segurança da Europa.
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A diplomacia dos países envolvidos tem se movimentado bastante, mas a Rússia nega que esteja planejando uma invasão da Ucrânia, mesmo sabendo que, em 2004, ela já tomou parte do território ucraniano. Além disso, estima-se que Moscou já possua cerca de 100 mil soldados armados com o que de mais moderno existe no arsenal russo, próximo à fronteira entre os dois países.
As tensões são grandes, e as ameaças do presidente russo, Vladimir Putin, querendo tomar "medidas retaliatórias tecno-militares apropriadas", caso continue o que ele chama de abordagem agressiva do Ocidente, só tendem a acalorar ainda mais as discussões.
As pretensões da Rússia
A Rússia está querendo que a Otan retorne às suas fronteiras anteriores a 1991 e que não haja nenhuma expansão da Ucrânia em direção ao Ocidente e suas instituições. Além disso, deseja também o fim das atividades militares da Otan no Leste Europeu.
Se os países da Europa concordarem com as pretensões da Rússia, na prática isso significará a completa retirada de unidades de combate da Polônia e das repúblicas bálticas - Estônia, Letônia e Lituânia - e que nenhum míssil poderá ser instalado em países como Polônia e Romênia. A Europa ficará, desta forma, com uma ampla área desguarnecida e à mercê dos russos.
O presidente Vladimir Putin, que está a longos anos no poder na Rússia, sente-se prestigiado. A Ucrânia, que já fez parte da União Soviética (que se desintegrou a partir de 1991), está de novo sendo pleiteada porque, como Putin afirmou num recente discurso, “esse colapso (Da URSS) foi a desintegração da Rússia histórica".
A Rússia mira a Ucrânia não só pelo medo dela se voltar ao ocidente, mas por ser ela um corredor estratégico para se atingir o Mar Negro e, de lá, amplas áreas da Ásia.
Diálogo e entendimento
A pergunta que muitos se fazem é esta: o que o Ocidente pode fazer para contrapor as bravatas ou ameaças reais de Vladimir Putin?
Os principais recursos que o Ocidente possuiu são os econômicos e políticos, com o estabelecimento de sanções contra a Rússia e um aumento da ajuda militar à Ucrânia, na forma de consultores e armas que já estão sendo levadas ao país.
O presidente dos EUA afirmou que seu país está comprometido em "trabalhar em perfeita sintonia" com seus aliados, mas há divisões e obstáculos na relação dos americanos com a Europa, até porque, se a guerra vier acontecer, ela se dará em território da Europa, e não dos Estados Unidos.
Os principais líderes europeus estão fechados numa posição conjunta, afirmando que a Rússia não pode decidir o futuro apenas com os Estados Unidos. A França, inclusive, propôs que os europeus trabalhem em conjunto com a Otan e depois conduzam seu próprio diálogo com a Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, o mais interessado na questão, quer a realização de uma cúpula internacional envolvendo a França e a Alemanha, juntamente com a Rússia, para resolver a crise.
Naturalmente, como declarou o papa, o caminho do entendimento e da solução dos conflitos pela negociação é diálogo é sempre o melhor caminho. E tomara que ele prevaleça!
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