A humanidade demorou bastante para evoluir na sua forma de se comunicar à distância, o que sempre foi uma necessidade muito real e premente. Até a invenção da escrita, passaram-se milhares de anos em que utilizou recursos primários como gestos e grunhidos. A própria fala custou a aparecer, e os seres humanos compensavam essa carência fazendo as pinturas rupestres para comunicar e registrar os seus feitos. Leia MaisÓdio na Internet: reflexo da fragilidade das relações
Com o desenvolvimento da fala, tudo se acelerou. As pessoas começaram a trocar conhecimentos a distância, falando de seus feitos, mesmo aqueles de caráter mitológico e religioso. Numa sequência lógica, a escrita não demorou a surgir, como uma forma de registro daquilo que era falado.
Mesmo no caso das Sagradas Escrituras, primeiro existiu a tradição oral para depois acontecer a escrita, quando já havia as condições necessárias para isso.
Do início da linguagem escrita até chegar aos nossos dias, a humanidade começou a aplicar a tecnologia à comunicação numa rápida sucessão de conquistas e progressos. Em pouco tempo chegamos ao ponto de um único emissor conseguir transmitir uma mensagem para milhões de pessoas, como é o caso do telégrafo, depois do rádio e da televisão, com todos os recursos que a tecnologia hoje oferece. E o futuro promete!
Surgimento da internet
A Internet surgiu em meados dos anos 60, na época da Guerra Fria, nos Estados Unidos, quando o Departamento de Defesa investiu na criação de uma rede de comunicação de computadores em pontos estratégicos ligados por cabo.
O planeta estava dividido em dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos – EUA x URSS ou capitalismo x socialismo - que exerciam enorme controle e influência em todas as partes do mundo. Milhões e milhões de dólares eram investidos e qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir para que um lado tivesse a supremacia nessa disputa.
Passos foram dados e, mais tarde, pelos idos dos anos 90, o governo americano liberou a rede para uso civil e hoje a circulação de dados se faz pela famosa WWW, a World Wide Web, um sistema de troca de informações entre redes de computadores primeiro a cabo e hoje pelo WFI, numa altíssima velocidade. Uma enciclopédia, que antes ocupava várias prateleiras numa biblioteca, cabe num pen-drive e ainda sobre espaço. Se em 1995, a internet tinha apenas 16 milhões de usuários, hoje são mais de 5,3 bilhões em todo o mundo e cada vez mais conectados.
No Brasil, a Internet surgiu no final da década de 80, quando as universidades brasileiras começam a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos, alcançando também uma igual difusão. Hoje são cerca de 165 milhões de brasileiros que tem acesso a internet.
E a responsabilidade?
O que hoje se conhece como mundo virtual é um imenso arquivo de dados, grande parte guardados “na nuvem” e não mais em meios físicos, mas sempre disponíveis. Não há mais fronteiras ou distância e tudo está ligado numa rede planetária. Um minúsculo aparelho é capaz de nos dar acesso a todo o universo e o aparelho celular, desenvolvido também pelos anos 80, consegue fazer tudo, até mesmo falar!
Os impactos da internet provocam mudanças nas relações familiares, religiosas, de trabalho, de aprendizado e de vida social. Porém, a humanidade - e nela o Brasil - precisa rever com urgência, alguns conceitos, como direitos Autorais, domínios, arquivamento e preservação de dados, mas, sobretudo, a espinhosa questão da liberdade de expressão.
As redes sociais têm se tornado cada vez mais um espaço para a exposição de ideias, o que propicia uma abertura maior para a discussão de temas entre os seus usuários. Porém, a má utilização dessa rica possibilidade tem causado o impulsionamento da presença de discurso de ódio, nas redes sociais e no mundo virtual como um todo.
Por "discurso de ódio" se entende as ofensas gratuitas que têm como propósito humilhar, rebaixar, menosprezar e até mesmo agredir grupos e pessoas. Este tipo de violência é pautado na intolerância a diferenças culturais, religiosas, étnicas, de orientação sexual ou posicionamento político, entre outros.
Dados indicam que os discursos de ódio, muitos deles fundamentados em raízes de regimes e ideologias do passado, cresceram muito no período da pandemia e na recente disputa política de 2022.
Precisamos ter em mente que a vida real, longe da tela de computadores e smartphones, é diferente da vida on-line, e o real é que vale. Se na vida off-line as pessoas têm o cuidado de não expressarem opiniões preconceituosas e agressivas, principalmente pelo medo das consequências, no mundo virtual o comportamento de ódio parece estar muito mais liberado.
No Brasil, por exemplo, os crimes mais comuns cometidos no mundo digital, especialmente nas redes sociais são o preconceito étnico-racial, a injúria por preconceito, o preconceito religioso, a discriminação por questões de gênero, além das ameaças e difamação.
Para especialistas em Crimes Cibernéticos, a Internet, principalmente as redes sociais, facilitaram o bullying e os discursos de ódio, que podem ser praticados a qualquer momento, tendo o agressor a falsa sensação de impunidade, por estar “encoberto”.
É preciso, pois, aperfeiçoar a legislação de uso da rede, sobretudo com a melhor tipificação dos crimes virtuais, e acima de tudo, buscar por todas as vias a pacificação de nossa sociedade.
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