Olhar a guerra pelas lentes de uma câmera não traz os mesmos sentimentos e experiências que aqueles que a estão vivenciando em suas vidas realmente. Observamos a partir do olhar de um repórter, que necessariamente não é imparcial, mas coloca sempre sua opinião e isso, pode ou não, influenciar o nosso modo de perceber o conflito. Leia MaisConflito entre Israel e palestinos: uma guerra que não tem fim“Toda guerra é uma derrota!”, diz o Papa sobre o conflito em Israel
O pior mal que a humanidade faz consigo mesma é a guerra. A busca desenfreada por terras e dinheiro é o que leva o homem à matar o seu semelhante, mesmo que este não lhe tenha feito nada.
Isso é clássico, não começaram com as terríveis guerras de independência dos Estados Unidos ou dos países da América Latina, nem com os terríveis conflitos da Primeira e Segunda Guerras mundiais, mas desde “sempre” o ser humano conflita com seu semelhante em busca de dominar o que é do outro.
O que poderíamos imaginar de um ser criado com liberdade? Um ser que tende para o mal (concupiscência)? A guerra é fruto da ganância e do orgulho de homens e mulheres à frente de nações, que não se contentam com as posses do outro e a almejam para si.
Os horrores da guerra não afetam apenas os soldados que lutam, mas afetam a todos aqueles que estão entre a ponta de um rifle e do outro. Entre um bombardeio e outro, há vidas que são perdidas, famílias que são destruídas, cidades que ficam em ruínas, a morte reina nos campos de batalha.
A pergunta que nos fica é como que o ser humano é capaz de causar tantos males para o seu semelhante e mesmo assim, não se comove com aqueles que estão no caminho do seu ódio contra o seu irmão?
O questionamento e a reflexão surgem em tempos de guerra, como a voz da consciência humana, mesmo que aqueles poderosos que estão à frente das guerras, não estejam nos campos de batalha, mas suas mãos estão tão manchadas de sangue quanto do soldado que puxa o gatilho contra famílias inteiras, contra inocentes, contra seus semelhantes.
A humanidade deve parar e questionar-se novamente sobre as causas das guerras. Não podem e não são apenas questões geopolíticas, territoriais, mas envolvem a religião de ambos os lados e nisso devemos estar atentos, pois uma religião que motiva a guerra, será que está realmente conectando o ser humano ao Sagrado? Tenhamos em mente o rosto daquelas crianças que perderam suas vidas por causa da nossa ganância.
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