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Apesar da guerra, Igreja em Gaza prioriza educação de crianças e jovens

Em meio ao conflito, a Igreja se torna importante meio de educação infantojuvenil em Gaza

Escrito por Redação A12

21 AGO 2024 - 11H34 (Atualizada em 22 AGO 2024 - 07H58)

Anas-Mohammed/Shutterstock

Em mais de 10 meses de conflito intenso em Gaza, o padre Gabriel Romanelli, pároco da Igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza, lidera uma missão especial em um dos cenários mais desafiadores do mundo: garantir a continuidade da educação das crianças em meio à guerra. Mesmo em um clima de extrema incerteza, a Igreja Católica continua planejando o futuro, especialmente no campo da educação.

Em entrevista a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre), padre Gabriel afirma que, atualmente, o maior desafio da Igreja em Gaza é o desafio de manter as aulas de reforço para crianças do jardim de infância ao ensino médio. Embora a educação tenha sido interrompida temporariamente devido ao aumento dos bombardeios, as aulas foram retomadas, cobrindo matérias como árabe, inglês, matemática e ciências.

Sami El-Yousef, CEO do Patriarcado Latino de Jerusalém, enfatiza que a educação é uma prioridade. No entanto, a reabertura das escolas, incluindo uma segunda instituição católica em Gaza que foi atingida por um míssil, permanece incerta.

Realidade cristã em Gaza

A comunidade cristã em Gaza, já pequena antes do conflito, foi mais reduzida devido aos conflitos desde o ano passado. O complexo católico agora abriga 416 cristãos, entre católicos e ortodoxos, além de 63 crianças com deficiência, cuidadas pelas Missionárias da Caridade. Outros 204 cristãos ortodoxos estão no complexo adjacente.

A situação é ainda mais complicada pela falta de infraestrutura adequada. Com muitas escolas danificadas ou ocupadas por refugiados, a Igreja está explorando soluções temporárias, como o uso de contêineres em terrenos alugados, para que as crianças possam continuar seus estudos.

As celebrações religiosas, como a adoração, o rosário e a missa, nunca foram suspensas, mesmo nos momentos mais críticos do conflito. Para os poucos cristãos que ainda permanecem em Gaza, essas práticas oferecem conforto e uma sensação de comunidade em meio à devastação.

arrow_forward Em outubro do ano passado, o Papa Francisco se mostrou solidário à Igreja em Gaza diante dos primeiros bombardeios entre Israel e Palestina. Ele fez uma ligação para o padre Gabriel afirmando estar em oração por toda a comunidade que sofre nos conflitos.

:: Leia sobre a mensagem do Papa

Fonte: ACN

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