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Descubra como a espiritualidade transforma o atendimento médico

Conheça a religiosa que inspira uma nova abordagem na Medicina

Escrito por Beatriz Nery

28 NOV 2024 - 16H00 (Atualizada em 28 NOV 2024 - 17H13)

RAPHAEL MARTINELLE DO NASCIMENTO

A Dr.ᵃ Irmã Monique Bourget, religiosa missionária da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, trouxe ao Brasil uma visão, na época inovadora, ao unir medicina e espiritualidade.

Ela fundou e lecionou Tanatologia e Espiritualidade no curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina (FASM), que desde então tem transformado a maneira como futuros médicos e profissionais de saúde lidam com questões como o fim da vida, cuidados paliativos e o enfrentamento da morte.

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Com uma abordagem que valoriza o cuidado integral do ser humano, sua missão vai além das fronteiras da ciência, promovendo uma prática médica humanizada e conectada à dimensão espiritual.

Visitando o Brasil, onde morou por 25 anos, antes de retornar a Benin, na África, em seu projeto humanitário, o A12 entrevistou a Ir. Monique, que falou sobre a integração entre medicina e espiritualidade.

Sua primeira resposta explica a importância de ter um cuidado humanizado, ou seja, de forma holística para o paciente, que traz suas incertezas e dúvidas a respeito da doença. É fundamental o trabalho dedicado do médico, aliando o espiritual com o físico, o que pode fazer a diferença:

Em 2012, a irmã chegou a lecionar Tanatologia e Espiritualidade, incorporando na grade curricular da Faculdade Santa Marcelina (FASM) para futuros médicos.

“Entendemos que precisávamos formar médicos mais próximos das pessoas, trabalhar uma Medicina mais integral e entender que a pessoa é uma pessoa humana, com sentimentos e espiritualidade”, explicou.

Sobre a relação entre a fé e a ciência no fortalecimento do vínculo no cuidado com os pacientes, ela acredita que o profissional de saúde, sendo religioso ou ateu, precisa ter uma abertura para algo maior: 

Em sua missão atual em Benin, na África, Ir. Monique afirma que eles estão sendo pioneiros no ato da espiritualidade e medicina e conta que é escassa a possibilidade de remédios para cuidados paliativos na África. “Não há morfina”, relata.

Diante dos desafios de integrar cuidados médicos e a espiritualidade no Brasil, a irmã confirma que passos importantes foram dados, o que precisa é de “publicidade” para que todos os médicos saibam e usem desses artifícios.

Curiosidade

Ir. Monique teve sua vida religiosa e médica acontecendo ao mesmo tempo. 15 dias após virar freira, a irmã foi aprovada na faculdade de Medicina. Para ela, estudar foi um ato contemplativo, que a ajudou a louvar ainda mais nosso corpo humano, dado por Deus.

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