Mundo

Mudanças climáticas afetam a vida no planeta

De acordo com o que foi divulgado na COP27 em 2022 não estamos fazendo o suficiente para combater as mudanças climáticas

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

09 NOV 2022 - 10H01 (Atualizada em 16 MAR 2023 - 16H14)

Quando é pra chover, vem uma seca medonha. Quando a chuva chega, vem com tamanha força que destrói tudo por onde passa. As calotas polares se derretem num ritmo acelerado, fazendo com que o mar suba, e poucos centímetros a mais já significam inundações em regiões e cidades costeiras, destruição de praias e construções vizinhas ao mar. Esses são apenas alguns dos fenômenos climáticos que assustam a todos nós! Leia MaisIniciativas da Igreja Católica para o cuidado do meio ambienteOração do Meio Ambiente

A maioria dos fenômenos extremos está diretamente relacionada ao aumento da produção de gases tóxicos, altamente poluentes, como o gás carbônico produzido pelos milhões de automóveis e industrias de todo o mundo, sobretudo nos países mais desenvolvidos e industrializados.

Esses gases ficam acumulados na atmosfera, fazendo com que a temperatura do planeta esteja subindo, provocando as mudanças climáticas acima citadas. A este fenômeno dá-se o nome de “efeito estufa”.

O desequilíbrio do clima representa perdas de plantações, carestia, aumento da fome, destruição de patrimônio humano e físico, além do advento de várias doenças.

Para tentar controlar a exagerada emissão de poluentes, revertendo os maus tratos impostos ao nosso planeta, salvando a vida do ser humano na terra, é que há bastante tempo começaram a acontecer as Conferências sobre o Clima, patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Conferências climáticas e protagonismo do Brasil

A Primeira Conferência Mundial do Clima (WCC-1) foi convocada em 1979, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), para ser “uma conferência mundial de especialistas em clima e humanidade”.

O encontro organizou grupos para analisar informações sobre o clima, aspectos importantes e algumas pesquisas pioneiras sobre mudanças climáticas.

Anos mais tarde, em 1995, aconteceu a primeira COP, em Berlim, na Alemanha. O evento foi marcado pela incerteza do que cada país deveria fazer para combater as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Dois anos depois, em 1997, a COP3 aconteceu no Japão, quando foi criado o conhecido “Protocolo de Kyoto”, que estabeleceu metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, principalmente por parte dos países industrializados. Mas diversas cláusulas deste protocolo nunca foram assimiladas pelas nações industrializadas como a China, que são, justamente, os maiores poluidores do mundo.

As conferências ambientais se reúnem com regularidade, levando os líderes dos países participantes à discussão e ampliação dos debates sobre os impactos ambientais, em vista de se alcançar a tão sonhada sustentabilidade.

Elas são importantes porque ajudam a consolidar a compreensão sobre as causas e consequências das mudanças climáticas extremas, ao mesmo tempo em que os líderes mundiais estabelecem acordos e compromissos em relação ao desenvolvimento sustentável.

Da Eco92 à COP27 – Resgatar o protagonismo

Uma das mais importantes conferências sobre o clima aconteceu no Brasil, em 1992, realizada no Rio de Janeiro. Ela ficou popularmente conhecida como Eco-92. Desde então, o Brasil sempre foi protagonista na discussão de temas ambientais, e não só por causa da questão da Amazônia, sendo figura destacada nas conferências, situação que perdemos nos últimos anos.

A última Conferência sobre o Clima organizada pelas Nações Unidas ocorreu entre os dias 6 a 18 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito.

A COP27, como foi intitulada, reuniu representantes oficiais de governos e da sociedade civil para discutir maneiras de enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas, diante do cenário de eventos climáticos extremos que continua ocorrendo em todo o mundo, agravados pela crise de energia impulsionada pela guerra na Ucrânia.

Os dados, do ano passado, mostram que, infelizmente, o mundo não está fazendo o suficiente para combater as emissões de carbono e proteger o futuro do planeta. Várias medidas reguladoras continuam sendo travadas pelas nações mais industrializadas.

Já somos 8 bilhões de pessoas em nosso planetinha. Mas ele pode comportar simultaneamente, segundo estudos, até 25 bilhões de pessoas, desde que seus recursos sejam usados de forma consciente e racional...

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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Por Redação A12, em Mundo

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