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O primeiro e único concílio da Igreja Católica na China

Conferência na Urbaniana sobre os 100 anos do Concilium Sinense

Escrito por Redação A12

22 MAI 2024 - 09H12 (Atualizada em 22 MAI 2024 - 16H34)

Vatican Media

O Santo Padre, participou através de uma mensagem de vídeo da conferência “100 anos do Concilium Sinense: entre história e presente”, organizada pela Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma, numa parceria entre a Agência Fides e a Comissão Pastoral para a China.

O único e primeiro Concílio da Igreja Católica na China foi o Concilium Sinense, que foi realizado em Xangai, entre as datas de 15 de Maio a 12 de Junho de 1924, praticamente 100 anos atrás.

Vivenciando o Sínodo

Em sua mensagem, Papa Francisco, afirma, “os padres reunidos no Concilium Sinense viveram uma experiência autenticamente sinodal e juntos tomaram decisões importantes”.

O Santo Padre ainda cita, o Padre Matteo Ricci: Os padres do Concílio seguiram as pegadas dele e dos outros grandes missionários e “seguiram o caminho aberto pelo apóstolo Paulo, quando pregou que é necessário fazer tudo para todos a fim de anunciar e testemunhar Cristo ressuscitado”. Uma “contribuição importante” na promoção e orientação do Concilium Sinense, recorda o Papa, foi dada pelo arcebispo Celso Costantini, o primeiro delegado apostólico na China, que por decisão do Papa Pio XI foi também o grande organizador e presidente do Concílio.

O trabalho de Celso Costantini, no Concílio de Xangai “A comunhão entre a Santa Sé e a Igreja na China também manifestou seus frutos fecundos, frutos de bem para todo o povo chinês”, afirma o Papa, desse modo o evento eclesial “não serviu apenas para fazer cair no esquecimento as abordagens erradas que prevaleceram em tempos anteriores. Não se tratava de mudar de estratégia”, mas de seguir caminhos que estavam mais de acordo com a natureza da Igreja e sua missão. “Confiando apenas na graça de Cristo e na Sua atratividade”.

Durante a Aula Magna da Universidade Urbaniana, “O caminho da Igreja ao longo da história passou e passa por caminhos imprevistos, incluindo tempos de paciência e de provação”. “O Senhor, na China, afirma o Papa, “Conservou a fé do povo de Deus ao longo do caminho. E a fé do povo de Deus foi a bússola que indicou o caminho durante todo esse tempo, antes e depois do Concílio de Xangai, até hoje”.

O Pontífice ainda recorda que “Os participantes do Concílio de Xangai olharam para o futuro” e poucos dias depois do final do Concílio fizeram uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Sheshan, próximo a Xangai. “Também nós, como os Padres conciliares de Xangai, podemos olhar para o futuro. Recordar o Concílio de Xangai pode também hoje sugerir a toda a Igreja novas estradas e caminhos abertos a percorrer com audácia para anunciar e testemunhar o Evangelho no presente”.

Durante o mês Mariano, muitos fiéis chineses católicos seguem em peregrinação ao Santuário de Sheshan, “Para confiar suas orações e esperanças à intercessão da Mãe de Jesus. No dia 24 de maio, festa de Nossa Senhora Auxiliadora, a Igreja em todo o mundo rezará com os irmãos e irmãs da Igreja na China, conforme solicitado pelo Papa Bento XVI em sua carta aos católicos chineses”, recorda Francisco.

“Idealmente, também subo a colina Sheshan. Todos juntos confiemos a Nossa Senhora Auxiliadora, os nossos irmãos e irmãs na fé que estão na China, todo o povo chinês e todo o nosso pobre mundo, pedindo a sua intercessão, para que a paz vença sempre em todos os lugares” Papa Francisco


Fonte: Vatican News

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