A Coreia do Norte e a Coreia do Sul, países marcados por décadas de divisão, violência e incertezas, sofrem por tensões geopolíticas que atravessam gerações. Em meio a esse cenário, uma voz de esperança e união por meio das igrejas cristãs ressoa anualmente, através da oração pela paz e reconciliação, organizada pelo Conselho Mundial de Igrejas (WCC), em colaboração com o Conselho Nacional de Igrejas da Coreia e a Federação Cristã Coreana.
Tradicionalmente rezada todos os anos no domingo anterior a 15 de agosto, em 2024 o evento será celebrado no domingo, 11 de agosto, com foco na reunificação das Coreias.
O texto da oração reflete a dor e o sofrimento que acompanham a divisão da Coreia. “Parece que foi ontem que demos as mãos e atravessamos este muro que está aqui há tanto tempo, e agora chamamos uns aos outros de inimigos em vez de filhos de Deus”, diz a oração. Este lamento expressa não apenas a tristeza pela separação física, mas também a tristeza pela deterioração das relações e do espírito de união que já existiu entre os coreanos.
O secretário-geral do WCC, Rev. Jerry Pillay, enfatizou o compromisso contínuo da organização ecumênica em apoiar as Igrejas que trabalham pela paz na Península Coreana. “O WCC continua profundamente empenhado em apoiar a liderança inter-coreana para a paz e a reunificação do povo dividido”, disse Pillay, conclamando as Igrejas do mundo e todas as pessoas de boa vontade a se juntarem a esta causa, não apenas em oração, mas também em ação concreta.
Além das atividades religiosas e de assistência, os bispos sul-coreanos têm defendido ativamente a reconciliação, até mesmo nos momentos de maior tensão entre Seul e Pyongyang. Um marco importante neste esforço foi a viagem apostólica do Papa Francisco à República da Coreia em 2014, durante a qual a oração pela paz e reunificação foi um dos temas centrais.
A oração pela reunificação entre as Coreias é realizada com muitos simbolismos.
Em 15 de agosto de 1945, a Coreia foi libertada do domínio japonês, mas também começou a ser dividida em duas nações ao longo do paralelo 38, uma divisão que mais tarde se cristalizaria com o fim da Guerra da Coreia em 1953.
Esse conflito, que resultou na morte de milhões de pessoas, deixou um legado de dor e separação que persiste até hoje.
:: Coreia do Sul reza pela reconciliação e a unidade das Coreias
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