433 dias e contando! Esse é o tempo que falta para mais uma edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que dos dias 1 a 6 de agosto de 2023, será realizada em Lisboa (Portugal). São esperadas um milhão de pessoas, vindas do mundo todo, e a previsão é que o Papa Francisco participe do evento.
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No último dia 18 de maio, o Comitê organizador da JMJ Lisboa 2023 apresentou, através da Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, um comunicado indicando os patronos para a próxima Jornada.
São treze santos, santas e beatos escolhidos pela Comissão organizadora local como testemunhas a oferecer aos jovens.
Ao apresentá-los, o Cardeal Patriarca da capital portuguesa, Manuel Clemente, explicou como eles demonstraram que a vida de Cristo enche e salva os jovens de todas as épocas. Alguns nasceram em Portugal, outros em terras distantes.
Confira a lista!
Nossa Senhora
“Padroeira por excelência da próxima Jornada Mundial da Juventude é a Virgem Maria, a jovem que aceitou ser mãe do Filho de Deus encarnado. Ela, que se levantou e foi apressadamente para a montanha, ao encontro de sua prima Isabel, levando-lhe Jesus que concebera. Assim, ensina os jovens de todo o tempo e lugar a levarem Jesus aos outros que O esperam, agora como então!“, revelou o Cardeal.
São João Paulo II
Fundador e primeiro promotor da JMJ, a ideia do evento foi concebida para favorecer o encontro pessoal com Jesus, que muda a vida, promove a paz, a unidade e a fraternidade através da Juventude como embaixadora, além de criar novas ferramentas para evangelizar os jovens.
O Santo Padre realizou os primeiros dois encontros como testes, em 1984 e 1985. Organizados por ocasião do Ano Santo da Redenção (1983-1984) e do Ano Internacional da Juventude (1985), foram os primeiros encontros que serviram de base para que o Papa tomasse essa iniciativa abençoada, que dura até os dias de hoje.
São João Bosco
Dom Bosco procurou fazer o possível para acolher tantos meninos e jovens órfãos.
Através das atividades no Oratório, na escola formal e nas escolas profissionais, Dom Bosco ajudou milhares de jovens que estavam abandonados à sua própria sorte.
Para continuar sua obra, ele propôs para alguns desses jovens para que fizessem uma experiência de fé, e assim nasceu a Congregação Salesiana, oriunda da pobreza do Oratório, que hoje se encontra em 134 nações.
Dom Bosco, juntamente com Santa Maria Mazzarello, fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, também empenhado na educação da juventude.
São Vicente
Vicente viveu num período em que os imperadores Diocleciano e Maximiano começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados.
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador.
Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor e foi martirizado. São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
Santo Antônio e São Bartolomeu dos Mártires
A organização da JMJ elegeu como patronos também Santos que nasceram em Lisboa, como Antônio de Pádua, grande conhecedor da Bíblia, com seus sermões que atraiam pessoas de todas as classes sociais, além de seus escritos que estão guardados e lembrados até hoje.
Além dele, também foi eleito Bartolomeu dos Mártires, dominicano que participou no Concílio de Trento.
Outros Santos portugueses
No século seguinte, viveu o jesuíta português São João de Brito, martirizado em 1693 na Índia.
Além disso, há alguns beatos de origem portuguesa:
1. A Rainha Joana de Portugal (foto), que com 19 anos quis viver em clausura com as dominicanas de Aveiro;
2. O jovem missionário João Fernandes, martirizado ao largo das ilhas Canárias;
3. Também Maria Clara do Menino Jesus, uma jovem que fundou uma congregação religiosa e viveu no século XIX.
Beato Pier Giorgio Frassati
Até falecer em Turim, em 1925, aos vinte e quatro anos, a todos tocou com o dinamismo, a alegria e a caridade com que vivia o Evangelho, tanto escalando os Alpes como servindo os pobres.
São João Paulo II chamou-lhe “o Homem das Oito Bem-Aventuranças”, e o beato Marcello Callo, que também está entre os patronos.
Ele, que aos 22 anos foi chamado para o trabalho obrigatório na Alemanha, para lá partiu, com a firme intenção de continuar o apostolado nessa duríssima condição.
Por isso, o levaram depois para o campo de concentração, onde viria a morrer.
Bem-aventurados Chiara Luce Badano e Carlo Acutis
A JMJ de 2023 ainda vai contar com a proteção de dois jovens beatos que também “partiram” em missão, mesmo quando a doença lhes imobilizou o corpo, mas não o coração.
Como Cristo pregado na cruz, que daí mesmo partiu para o Pai e nos salvou a todos com a vida que entregou.
A bem-aventurada Chiara Luce Badano tinha 16 anos quando a doença a surpreendeu. Ela faleceria dois anos depois, em 1990.
Integrante do Movimento dos Focolares, Chiara foi acompanhada de perto nesse período pela fundadora dessa Obra, Chiara Lubich, que lhe deu o nome “Luce” (“luz” em italiano).
A luz da jovem Chiara chamou a atenção da Igreja, que a beatificou em 2009.
No ano seguinte, 1991, nasceu o bem-aventurado Carlo Acutis, que veio a morrer de leucemia em Monza, aos quinze anos.
A sua curta vida foi preenchida com grande devoção mariana e eucarística, que a habilidade com o computador lhe permitiu difundir, mesmo durante a doença. Assim mesmo, fez do seu sofrimento uma oferta e partiu feliz.
:: Relembre como foi a última JMJ, realizada no Panamá em 2019
Fonte: JMJ
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