Em 19 de agosto de 1978, após ser totalmente restaurada, a imagem milagrosa de Nossa Senhora retornou a Aparecida, depois de ter sofrido um atentado e sido quebrada em mais de 200 pedaços.
Saiba 5 curiosidades sobre este fato, desde o atentado até a restauração total da imagem da Santa.
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No dia 16 de maio de 1978, numa terça-feira à noite, um rapaz de 19 anos participava da Missa na Basílica Histórica. De repente, por causa do mau tempo, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido, ocorrendo um apagão de dois minutos, deixando o templo em total escuridão.
O jovem aproveitou esse momento para pular dois metros até o cofre de ouro com frente de vidro onde estava a imagem e, aos socos, conseguiu quebrar os vidros e pegar a imagem. Ele correu até a rua, e mesmo sendo alcançado pelo guarda, jogou o corpo da Santa ao chão, deixando-a aos pedaços.
Os missionários redentoristas da época cogitaram levar os fragmentos da imagem para o Vaticano, mas justamente de Roma é que veio o conselho para procurarem Pietro Maria Bardi, o artista italiano cocriador do aclamado Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Ele então indicou a artista plástica e chefe do Departamento de Restauração, Maria Helena Chartuni, para realizar o trabalho de reconstrução da imagem.
Maria Helena teve um árduo trabalho para restaurar a imagem, que estava estilhaçada em mais de 200 pedaços. Em entrevista ao A12, ela falou do seu sentimento ao ver a imagem naquele estado.
“Fiquei muito assustada no início. A imagem estava despedaçada, principalmente a parte da cabeça. Além das dificuldades técnicas, estava lidando com uma peça de arte produzida em terracota (barro cozido)”, disse.
E com toda a segurança, onde apenas Maria Helena, Pietro Bardi e os redentoristas tinham acesso à Santa, a restauradora classificou as peças, selecionou as colas e definiu o método de trabalho, começando pelo manto, depois pelas mãos e terminando na cabeça, cujo lado direito ficou literalmente em pó. Entre os materiais foi usada cera de abelha para proteger a obra. Assim, a imagem da Padroeira do Brasil ficou como nova após 33 dias.
A artista plástica diz em todas as entrevistas, que sua vida foi transformada totalmente após o grande trabalho realizado para reconstituir a Imagem de Nossa Senhora. Em maio de 2011, para a Revista de Aparecida, Maria Helena testemunhou esse momento de transição:
“Foi a partir daí que me dei conta de que algo tinha acontecido com a minha fé, que até então estava "congelada", apesar de eu ter sido criada numa família católica. O trabalho de restauro da imagem de Nossa Senhora mudou a minha vida, minha fé. Ela é a mensageira de Deus, aceitou sua missão com humildade, pureza e obediência. Ela deve ser nosso exemplo de mulher de Deus e, por isso, devemos amá-la e respeita-la sempre”, concluiu.
No dia 19 de agosto de 1978, a imagem restaurada foi levada de volta ao Santuário Nacional de Aparecida em um carro aberto do Corpo de Bombeiros, causando comoção nacional, onde um verdadeiro corredor humano, desde as ruas próximas ao MASP em São Paulo e passando pela Rodovia Presidente Dutra, acenava e agradecia a Deus pelo retorno da Imagem da Mãe ao Santuário, que estava lotado e cheio de devoção e emoção.
"Os caminhoneiros vinham do Rio de Janeiro e, quando viam a imagem, se ajoelhavam em cima das cargas e rezavam...",disse Helena Chartuni, relembrando como foi o trajeto de volta da Imagem.
Para conhecer com mais detalhes sobre esse verdadeiro milagre do restauro da imagem após o atentado, a artista documentou todo o fato e seu testemunho de fé com a Mãe Aparecida no livro “A história de dois restauros”, disponível no site da Editora Santuário.
Hoje o Trono Nossa Senhora Aparecida está localizado na Nave Sul do Santuário Nacional. O local mais visitado da Casa da Mãe conta com vidro blindado, iluminação especial e climatização adequada para a preservação da imagem. Além destes cuidados, todos os anos a restauradora Maria Helena Chartuni faz uma verificação sobre as condições da imagem.
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