A 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil acontece em duas etapas neste ano: a primeira de forma virtual, de 25 a 29 de abril, e a segunda de 29 de agosto a 2 de setembro, presencial.
O episcopado brasileiro participa da primeira parte da 59ª Assembleia Geral para discutir alguns assuntos de estudo, comunicação, análises e temas que não exigem votação presencial do episcopado brasileiro.
Diariamente, às 13h, três bispos indicados pela presidência da entidade estão apresentando os temas centrais abordados na pauta da Assembleia em coletiva de imprensa. Neste segundo dia de Assembleia, os Bispos Dom Joaquim Mol, Dom João Francisco Salm e Dom Edmar Peron participaram da coletiva de imprensa.
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, abriu a coletiva de imprensa destacando pontos que foram discutidos pela manhã, como a alteração no estatuto da CNBB, preparação de uma mensagem que os Bispos estão escrevendo para o povo de Deus e uma reflexão da Comissão de Doutrina.
Em seguida, Dom João Francisco Salm, da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, apresentou um tema de grande relevância, o cuidado com a saúde mental dos Padres e Bispos da Igreja Católica.
A CNBB em parceria com uma empresa contratada para este projeto, elaboraram um questionário para entender melhor possíveis causas e problemas com a saúde mental de Padres e Bispos, a partir dos dados da pesquisa será apresentado um diagnóstico e elaborado diretrizes para o cuidado com a saúde. Neste primeiro momento o questionário foi respondido pelos bispos que participaram da assembleia.
“A partir da pesquisa teremos indicações praticas para levar a diocese para ajudar os padres a se cuidarem e cuidarem um dos outros, mas será necessário um trabalho conjunto com a diocese”, explicou Dom João Francisco Salm.
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Dom Edmar Peron, da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia, ressaltou a importância do Missal e explicou o porquê ele deve ser atualizado.
“Quando falamos de livro para missa, nós temos o principal que é o 'Evangeliário' que é por exemplo o livro que se leva em procissões que é o livro beijado, venerado. Ele é o livro de nossas celebrações. Depois nós temos o Missal, ele tem um longo percurso na história, mas o nosso está em sua terceira edição”.
O Missal está em sua terceira edição, mas isso não significa que são edições diferentes ou numero de cópias, mas sim uma atualização.
“Quando falamos da edição não estamos nos referindo das impressões, mas sim o conteúdo dele. O missal é importante, porque é ele que garante uma unidade entre o que a Igreja celebra e o que a Igreja crê. Uma expressão tradicional da Igreja que nós dizemos: ‘Cremos e Celebramos’; e o Missal nos dá possibilidade de celebrar e por isso mostrar a nossa fé”.
O Missal é um livro que ensina todos a rezar, esta terceira edição tem como referência de São João Paulo II, e é importante lembrar que é uma atualização de comunicação, atualização de termos, linguagem atual e não da Palavra de Deus.
“Ele é um livro também para favorecer a boa celebração, vocês já imaginaram se a cada vez nós tivéssemos que inventar um jeito de celebrar? Então ele favorece a boa celebração e favorecendo a boa celebração, favorece a participação ativa, consciente e frutuosa das pessoas, porque as vezes nós imaginamos o Missal como se ele fosse um livro de regras pra engessar nossas celebrações, muito pelo contrário, nossas celebrações ficam livres por causa do missal”.
Em agosto deve-se fazer a votação em momento presencial, na segunda etapa da Assembleia, e levar todo o material para Roma. Depois disso, tudo que foi mudado precisa do consentimento de Roma. Depois dessa avaliação é que pode ser divulgado para a população no Brasil.
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