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Dom Giambattista: “Há sempre uma Palavra de Deus que nos orienta”

No quinto dia da 60ª Assembleia Geral em Aparecida (SP), bispos encerram o retiro e caminham ao Santuário Nacional para a Santa Missa

Escrito por Laís Silva

23 ABR 2023 - 10H06 (Atualizada em 23 ABR 2023 - 13H50)

João Pedro Oliveira - A12

Neste domingo (23), os bispos brasileiros que participam da 60ª Assembleia Geral da CNBB, encerraram o retiro onde refletiram o tema “O Amor de Deus”, às 11h no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida e seguiram em caminhada para o Santuário Nacional para participar da Missa do meio dia.

Desde ontem, às 11h, o episcopado iniciou o retiro; um momento de introspecção, oração, silêncio e reflexão. Durante esse tempo os bispos refletiram sobre “O Amor de Deus”, e o pregador deste momento foi o Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

João Pedro Oliveira - A12
João Pedro Oliveira - A12


Santa Missa

A celebração Eucarística do meio dia marcou o encerramento do retiro dos bispos. A Santa Missa foi presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquatro e concelebrada pelos bispos presentes no Altar Central, que neste ano fazem o jubileu de ordenação presbiteral ou episcopal.

Dom Giambattista iniciou sua Homilia lembrando o Evangelho deste terceiro Domingo de Páscoa, falando sobre os dois discípulos de Emaús, que depois da morte de Cristo saem de Jerusalém tristes e falam dos acontecimentos, “não como crentes, mas como pessoas desconcertadas”.

Diante da situação, o Senhor se junta a eles como tinha prometido. “Ele aparece de uma forma para não ser conhecido com seus próprios olhos, mas para ser identificado por seus corações, porque em seus corações, os dois discípulos o amavam, mas também duvidavam”.

O arcebispo continua sua reflexão falando sobre a forma como os discípulos de Emaús enxergavam Jesus. Como mais um profeta como os outros que passaram pela história da Salvação e ainda se entristeciam por depositarem a esperança nele.

“A resposta subsequente confirma a relação distorcida dos dois discípulos após a crucificação de Jesus de Nazaré. Diziam que foi um profeta extraordinário, grande em sinais e palavras, mas o destino de outros profetas recaiu sobre ele. Eles estão tristes pela conclusão da vida terrena de Jesus de Nazaré e porque depositaram sua esperança em vão”.

Os discípulos precisavam resgatar sua fé e não somente guardar aquela esperança de que tanto falavam. Dom Giambattista, continuou:

“O Senhor primeiro acode os discípulos da loucura da dúvida e estabelece a fé deles no testemunho do Paráclito dos profetas e em seguida o Senhor prossegue indicando que todas essas coisas e seu sacrifício não aconteceram de maneira usual como para outros profetas, mas foi fruto do Plano Divino predeterminado.

A simples e rápida explicação do Senhor contrasta com a complicada e lenta capacidade de entendimento dos dois discípulos. Os olhos dos dois discípulos ainda permaneciam fechados, mas o Senhor acendeu a chama da esperança em seus corações. No entanto, a esperança ainda não produz fé, e aquele que era estranho no seu coração permanece estranho a seus olhos”.

Os discípulos ofereceram a Ele, o acolhimento, a hospitalidade e a partilha. Preparam uma mesa, trouxeram pão; e aquele Deus que os discípulos ainda não tinham reconhecido na exposição das escrituras e nas palavras de conforto, agora foi reconhecido ao partir o pão.

Trazendo para o nosso cotidiano, é possível entender que Jesus não aparece para nós da forma em que imaginamos de uma forma fácil de enxergar com os olhos, mas sim de forma em que nosso coração posso reconhece-lo. Quando nos sentimos tocados de forma intensa, quando temos compaixão com o próximo, quando nos permitimos estar com Ele na Eucaristia.

O caminho de Emaús torna-se assim, símbolo do nosso caminho de fé. A escritura e a Eucaristia são os elementos indispensáveis para o encontro com o Senhor. Com intercessão de Maria Santíssima Aparecida rezemos para que cada cristão revivendo a experiência dos discípulos de Emaús, especialmente na Missa dominical, possamos redescobrir a Graça do encontro transformador com o Senhor Ressuscitado que está sempre conosco na Eucaristia”.

Dom Giambattista, finaliza sua Homilia deste domingo, deixando também uma reflexão para todos os fiéis presentes no Santuário Nacional.

“Há sempre uma Palavra de Deus que nos orienta após os nossos desvios, no meio do cansaço e das desilusões. Há sempre um pão partido que nos mantem no caminho da verdade e da vida”

Ao fim da celebração o Núncio Apostólico no Brasil, convida a todos rezarem uma Ave Maria nas intenções do Santo Padre, o Papa Francisco.



Programação

Neste domingo, não haverá coletiva de imprensa, os bispos estarão com a tarde livre e retornarão para a Santa Missa às 18h30, no Santuário Nacional.


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