Nesta terça-feira (25), 7º dia da Assembleia Geral dos Bispos, o episcopado brasileiro deu sequência ao processo de votação que elegeu os membros da nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Leia MaisConheça a nova presidência da CNBB
No período da manhã ocorreram as eleições do primeiro, do segundo vice-presidente, do secretário-geral e dos presidentes das comissões da CNBB.
Dessa forma, estão eleitos por meio de votos secretos, Dom João Justino, Arcebispo de Goiânia, como 1º vice-presidente, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, Bispo de Garanhuns (PE), como 2º vice-presidente e Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande (RS), como secretário-geral.
Ainda hoje (25), os bispos trataram sobre o Acordo Brasil-Santa Sé, ordenamento jurídico estabelecido em 13 de novembro de 2008, entre o governo brasileiro e representantes do Papa.
Foram também apresentadas, aos bispos, informações acerca da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Eleição do novo presidente
Ontem (24) foi eleito o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Jaime Spengler, para o quadriênio (2023-2027).
Coletiva de imprensa
Na coletiva de imprensa, às 15h, Dom José Valmor Cesar Teixeira, Bispo de São José dos Campos (SP) e presidente da Comissão para a Comunhão e Partilha da CNBB falou sobre o projeto Comunhão e Partilha, que foi criado em 2012.
O projeto trata de um fundo que contribui para a formação de futuros padres do Brasil. Parte da colaboração provém de 1% do repasse de cada Diocese do Brasil, de suas entradas mensais.
O fundo repassa às dioceses e aos institutos de Filosofia e de Teologia o que é necessário para os estudos dos seminaristas. Nesse sentido, Dom José Walmor expressou sua gratidão a cada fiel:
“Queria agradecer, através dessa coletiva, a você, querido batizado e batizada, que colabora com a sua comunidade, sua paróquia ou diocese, porque a sua colaboração também é responsável por nós sustentarmos as vocações ministeriais no Brasil para as dioceses mais necessitadas e que vivem com maiores dificuldades [...] Já começamos a ordenar padres que nascem dessas colaborações.”
Ao A12, o bispo destacou de que forma a Igreja pode seguir atuando para resgatar o espírito de comunhão e partilha diante de um cenário tão dividido entre os próprios católicos:
“Nós temos como raiz da Igreja e, isso está escrito lá nos Atos dos Apóstolos, no capítulo 2, o compromisso de nos ajudarmos mutuamente. 'Tinham tudo em comum, não haviam necessitados entre eles'. Essa matriz da espiritualidade da Igreja, desde os seus princípios, vem sendo colocada em prática e hoje somos convidados a continuar esse caminho da comunhão e da partilha.
Queremos sempre mais unir, conjugar, construir pontes, aproximar, buscando vencer, aquilo que está dentro de nós também, aquilo que é fruto do pecado, separar. É um desafio de todo o dia de cada pessoa, levar a comunhão, levar a alegria de viver e o compromisso da missão."
Já Dom Odelir José Magri, Bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB falou acerca do Congresso Missionário Nacional 2023.
O bispo recordou o que disse o Papa Francisco na Evangeli Gaudium e, especificamente no mês missionário extraordinário, sobre as três grandes dimensões da missão: paradigmática, existência (cada pessoa é uma missão) e a programática, que precisa se concretizar em alguma coisa.
“Estamos nos preparando para 5º Congresso Missionário Nacional que acontecerá no mês de novembro de 2023 na Arquidiocese de Manaus (AM). Esse congresso tem como tema 'Ide da Igreja Local aos confins do mundo' e o lema 'Corações ardentes, pés a caminho'”.
Dom Odelir destacou ainda que é possível notar na experiência da Igreja do Brasil e da América Latina, nesses últimos anos, um crescimento da consciência missionária. No entanto, há a carência de missões de maior zelo e compromisso capazes de atingir o mundo.
Dom José Altevir da Silva, Bispo da prelazia de Tefé (AM) e membro da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB refletiu a importância do Programa Missionário Nacional para a ação missionária da Igreja.
“A Missão da Igreja é o que a constitui, porque a Igreja é por natureza missionária, ela nasceu da missão e para a missão. Desde o inicio foi uma Igreja em saída 'Como o pai me enviou, assim também eu vos envio' (João 20, 21). Faz parte da missão da Igreja fazermos uma verdadeira hermenêutica, a ótica da missão, trazer para os dias de hoje quais são as maiores necessidades da vivência e da consciência missionária”.
Nesse contexto, o Bispo afirmou que o Programa Missionário Nacional nasce para fomentar que a missão seja o ponto norteador da Ação Evangelizadora. Por isso, foram criados 6 grupos de trabalho para ajudar a vivenciá-lo. A partir disso, são 4 as prioridades:
Santa Missa
Os bispos participarão da Santa Missa às 18h30, no Santuário Nacional de Aparecida. Nesta terça, a Celebração Eucarística com a oração das vésperas, será dedicada às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e os caminhos pastorais; e presidida por Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria (RS).
Veja a íntegra da coletiva de imprensa:
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