Hoje (27), completam-se 80 anos da libertação do campo de concentração e extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia. O local onde mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, foram vítimas do genocídio executado pelo regime nazista alemão, é considerado o maior campo de extermínio de Hitler.
O memorial criado no local serve como um lembrete das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial e também como um apelo para que a humanidade lute para que atrocidades como esta não aconteçam mais.
Esta data, apesar de ter um tom de “comemoração” pela libertação das pessoas do campo de concentração, também traz o peso da tristeza de tantas vidas que foram ceifadas, por conta de ambição, poder, perseguição religiosa e ódio.
No último domingo (26), o Papa Francisco recordou o Dia Internacional em memória das vítimas do Holocausto e enfatizou que “o horror do extermínio de milhões de judeus e pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”.
E pediu:
“Também nos lembramos de muitos cristãos, entre eles muitos mártires. Renovo meu apelo para que todos trabalhem juntos para erradicar a chaga do antissemitismo, juntamente com todas as formas de discriminação e perseguição religiosa. Vamos construir juntos um mundo mais fraterno e mais justo, educando os jovens para que tenham um coração aberto a todos, na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”.
Entre as muitas pessoas que sofreram perseguição e foram presas em campos de concentração, muitas histórias se misturam, havia tanto o que aprender; tanto o que compartilhar e, principalmente, tanto o que viver.
É impossível não se comover com tantas histórias sem um ponto final digno, ou não se questionar diante de tanta crueldade. Mas conhecer relatos e histórias de pessoas que sofreram, mas continuaram se doando e lutando para salvar vidas, nos dá esperança de que a fé, a fraternidade e o amor, são capazes de mudar o mundo. Leia MaisHolocausto: Conheça histórias de pessoas que salvaram vidasSão Maximiliano Kolbe: o mártir do Holocausto 27 de janeiro: um dia para lembrar as vítimas do Holocausto
Entre tantas histórias do campo de concentração, podemos hoje lembrar de santos, beatos e mártires que estiveram presos, mas que nunca perderam sua fé e esperança, mantendo a missão de ser luz em tempos sombrios.
Sempre foi um homem de fé. Quando foi estudante em Roma, fundou a “Milícia da Imaculada” para promover a devoção à Virgem Maria. De volta à Polônia, cidade em que nasceu, publicou a revista “Cavaleiro da Imaculada” e, em 1929, fundou a “Cidade da Imaculada” em Niepokalanów. Mais tarde, voluntariou-se para ir ao Japão e retornou à Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
Padre Maximiliano foi preso e enviado para o campo de concentração de Auschwitz. Um dia, após a fuga de um prisioneiro, os alemães escolheram 10 prisioneiros para morrer de fome como punição. Entre os escolhidos estava o sargento polonês Franciszek Gajowniczek, que lamentou: “Meu Deus, tenho esposa e filhos”.
Foi então que, em um ato de fé e coragem, que o padre se ofereceu para trocar de lugar com o sargento. Ele foi levado junto aos outros condenados e os incentivou a permanecer em oração. Todos morreram e apenas ele ficou vivo. Vendo isso, os soldados aplicaram uma injeção letal para tirar sua vida.
Foi uma carmelita que sofreu com a perseguição religiosa, quando as forças da ocupação nazista declararam todos os católicos-judeus como “apátridas” (sem direito a ter sua nacionalidade reconhecida). O grupo nazista invadiu o convento onde ela morava e a levou para o campo de concentração de Auschwitz.
A carmelita morreu na câmara de gás junto a outros católicos e judeus, oferecendo sua vida pela salvação das almas, a libertação do seu povo e a conversão da Alemanha.
Em vida, o padre se dedicou ao serviço árduo, a apoiar os jovens e também no serviço de confissões, buscando aproximar cada vez mais pessoas de Cristo. Por este motivo, chamou a atenção do exército nazista, sendo preso junto a outros salesianos.
Mesmo diante dos riscos, realizou sua pastoral no campo de concentração, organizando orações diárias no local. Ele foi morto após ser torturado e afogado no esgoto do campo de Auschwitz.
A jovem católica trabalhava como parteira e, após a ocupação nazista, foi presa e separada de sua família. No campo de concentração, entre as práticas cruéis estavam o assassinato de mulheres grávidas, já que eles consideravam que os bebês atrapalhavam os trabalhos das mães no local.
Foi então que ela se dedicou a salvar a vida de mães e bebês, improvisando um espaço para realizar os partos. Sua fé em Deus a levou a batizar cada recém-nascido com o sinal da cruz na testa. Ela esteve entre as pessoas que sobreviveram ao campo de concentração e foram libertas em 27 de janeiro de 1945.
Ela iniciou seu postulantado no convento das trinitárias de Mötz, na Áustria. De acordo com a história, foi presa pela Gestapo (polícia secreta do estado), por um comentário que fez, se referindo a Hitler como “um flagelo para a Europa”. Foi levada para o campo de concentração de Ravensbrück, Alemanha, e depois para o de Auschwitz, Polônia.
Por ser alemã e enfermeira, foi destinada ao espaço médico. No local, usou de sua fé e coragem para armazenar mais rações de comida e sabão para mulheres doentes. Morreu em 1944, ao ser atingida por uma bomba durante o bombardeio no campo de concentração, enquanto ajudava os doentes a se refugiarem.
Em meio à escuridão do Holocausto, os mártires, que enfrentaram a crueldade com coragem, solidariedade e fé inabaláveis, deixaram um legado eterno, inspirando gerações com suas histórias de sacrifício e amor, e também servindo como exemplo de resistência diante de ações cruéis como o nazismo.
Fonte: ACI Digital, Vatican News,
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