A presença da Virgem de Lourdes na vida do povo de Deus

“Como estava feliz a minha alma, ó Boa Mãe, quando tinha a felicidade de contemplar-vos! Como gosto de recordar esses doces momentos passados sob vossos olhares cheios de bondade e de misericórdia por nós”.

Nenhuma aparição na história foi reconhecida tão rapidamente pela Igreja quanto a de Lourdes, na França. A Virgem Maria apareceu a Bernadete Soubirous pela primeira vez em 11 de fevereiro de 1858 e o bispo de Tarbes, dom Laurence, falou sobre a veracidade dos fatos apenas quatro anos depois.

Bernadete encontrou a Virgem Maria 18 vezes no local determinado por cinco meses, na gruta de Massabielle, às margens do rio Gave.

Antes de receber a revelação da Mãe de Deus, a jovem pastora a chamou de “Aquero”, que, no dialeto local, significa “Senhora”. Maria apareceu para ela assim: vestida de branco, com um longo véu sobre os ombros, uma faixa azul nos quadris e os pés descalços, cobertos por duas rosas douradas, como o rosário dourado e branco em seu braço.

Além da aparição de fevereiro, em 25 de março do mesmo ano, dia da Anunciação, Nossa Senhora revelou-se, dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”! Santa Bernadete transmitiu esta frase ao pároco. Uma simples pastorinha não podia saber que o Dogma da Imaculada Conceição de Maria havia sido proclamado, apenas quatro anos antes, pelo Papa Pio IX.

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A Virgem Maria revelou muitas coisas a Bernadete em suas aparições, mas, sobretudo, propôs a ela e ao mundo o Céu e a santidade, como únicos objetivos da vida terrena, como também a penitência, para eliminar o pecado do mundo. 

A importância da devoção em Lourdes é imensa não somente pelas aparições em si, mas também pela mensagem de esperança para a humanidade, que sofre física e espiritualmente.

Pela intercessão da Imaculada Conceição de Maria, os devotos encontram paz, saúde e serenidade: uma equipe médica autônoma reconheceu 70 curas físicas e muitas conversões. Mas ainda há uma quantidade muito maior de curas e graças extraordinárias constatadas por médicos, fiéis e peregrinos, em um número que se eleva aos milhares!

Mariana Joffre - A12

Para que ainda mais possamos nos aprofundar neste mistério, a Editora Santuário lança o livro “Lourdes: ontem e hoje”, do teólogo Augusto Pasquoto, narrando as histórias das aparições da Senhora da gruta, as curas que de fato foram consideradas inexplicáveis pela Comissão Médica local ou que foram declaradas milagrosas pela Igreja Católica.

Augusto fez os primeiros estudos no Seminário dos padres redentoristas em Aparecida (SP) e os estudos superiores no Seminário de Santa Teresinha em sua cidade natal, Tietê (SP), onde se formou em filosofia e teologia. Chegou a ser ordenado sacerdote e exerceu o ministério por algum tempo, e após um longo período de reflexão, solicitou sua dispensa do estado clerical, concedida pelo Papa Paulo VI. Atualmente, ele se dedica ao movimento das Equipes de Nossa Senhora, que aprimora a vida espiritual e humana dos casais cristãos.

“Lourdes foi uma pequena semente que germinou, cresceu e continua desenvolvendo-se. Na origem está uma menina pobre, doente e analfabeta, que olha para um côncavo de rochedo, beija a terra, bebe água da fonte, recita o seu terço e repte algumas palavras muito simples que parecem não nos ensinar nada de novo. Essa semente tornou-se uma grande árvore, um dos mais importantes movimentos de multidão — e de graça — desta terra”, disse o autor.

Para mais informações sobre a publicação, acesse o link da página da Editora Santuário.

Confira um trecho do livro lido pelo missionário redentorista Padre Alberto Pasquoto, irmão do autor: