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Após um ano de guerra, Núncio na Ucrânia pede mais orações

Para a mídia do Vaticano, Dom Visvaldas Kulbokas falou sobre o sofrimento e da esperança do povo ucraniano

Escrito por Redação A12

24 FEV 2023 - 11H47

Shutterstock/Vojtech Darvik Maca

A Guerra na Ucrânia completou 365 dias nesta sexta-feira (24). Na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, o exército russo começou a invasão ao território ucraniano, por ordens do presidente russo Vladimir Putin, com o objetivo de conquistar o país vizinho.

De acordo com o Kremlin, o governo da Rússia, a guerra é chamada de "operação militar especial", e o motivo da invasão é que a Ucrânia se tornou um país muito próximo aos interesses ocidentais, o que ameaçaria a própria soberania em seu território.

Leia MaisPapa pede “pressa” a Deus para acabar com guerra na Ucrânia"Putin, pare a guerra!", diz Francisco ao pedir a pazNeste primeiro ano de conflitos, segundo balanço divulgado pela Noruega, país que faz fronteira com os russos e integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cerca de 300 mil pessoas morreram. Dessas, 180 mil integravam o exército da Rússia e outras 100 mil das forças armadas ucranianas. Pelo menos 30 mil civis perderam suas vidas.

A Igreja local promove iniciativas para que a paz no país volte a reinar

Na Ucrânia, no Santuário mariano da cidade de Berdychiv, é realizada uma vigília de oração da qual participam os bispos latinos do país junto com o Núncio Apostólico Visvaldas Kulbokas, que desde o início da guerra escolheu permanecer no país para compartilhar o sofrimento do povo ucraniano e testemunhar a proximidade do Papa e de toda a Igreja.


Dmytro Stoliarenko/Shutterstock
Dmytro Stoliarenko/Shutterstock


Em entrevista para Svitlana Dukhovych, correspondente do Vatican News, portal de notícias oficial da Santa Sé, Dom Kulbokas falou da importância da oração para recordar esta triste data.

“Sim, a oração que faremos será uma súplica ao Senhor e à Mãe de Deus: façam-nos retornar ao mundo criado por Deus porque o mundo em que estamos vivendo agora foi criado pela violência, pela agressão, pela guerra, mas não é o mundo de Deus. Porque vemos muito claramente que num ano de guerra assim tão intensa, não se consegue encontrar outras soluções, portanto só resta o milagre divino, só resta a oração e esta é a nossa principal arma espiritual, aliás é a eficaz. E temos plena confiança - tenho plena confiança - na proteção da Virgem Maria”.

O representante do Papa na Ucrânia também falou que o povo ucraniano está cansado da guerra e como está a situação do país nesse momento.

É evidente que o cansaço se faz sentir a todos os níveis, porque foi um ano muito intenso. Vi as estatísticas há alguns dias: 150.000 casas destruídas. Não são apenas números, porque qualquer destruição causa não apenas dor, não apenas perdas. Em muitos lugares há uma grande demanda de psicólogos capazes de aconselhar os familiares sobre como lidar com o trauma psicológico sofrido seja diretamente ou com familiares ou com soldados que retornam do front; e depois há os feridos. Além disso, há a grande urgência das crianças”.


Em março de 2022, o Papa consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria


Fonte: Vatican News

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