No último dia 29 de maio, a Santa Sé anunciou que foram eleitos 21 novos cardeais, que serão oficializados em 27 de agosto em cerimônia pública, no Vaticano. Além dos brasileiros Dom Leonardo Steiner, Dom Paulo Cezar Costa e Dom Virgilio Do Carmo Da Silva, está entre os escolhidos o italiano Dom Giorgio Marengo, que em 7 de junho completou 48 anos de idade, se tornando o cardeal mais jovem da Igreja Católica.
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Dom Giorgio está desde 2003 na Mongólia, onde existem aproximadamente 1.500 fiéis católicos, em meio à população de cerca de 3,5 milhões de habitantes, mais da metade praticantes do budismo tibetano. Há somente oito paróquias em todo o país, que em maio completou 30 anos de relações diplomáticas com a Santa Sé.
Após séculos de isolamento, a Mongólia ainda passou, no século XX, pelas insatisfações do regime comunista, que, como é próprio de toda ditadura, restringiu de forma radical a já pouca liberdade religiosa.
Na região de Ulan Bator, onde é prefeito apostólico, ele desenvolve sua atividade atendendo às necessidades mais básicas da população, como a construção de duchas públicas, uma creche, um grupo de reabilitação para alcoólicos ou atividades extracurriculares para crianças e um grupo de artesanato para mulheres.
“Acredito que ser Bispo na Mongólia é muito semelhante ao ministério episcopal da Igreja primitiva: sabemos como os apóstolos nos primeiros tempos do Cristianismo testemunharam o Cristo ressuscitado em condições de absoluta minoria em relação aos lugares e as culturas onde se encontravam. Para mim é uma grande responsabilidade que me aproxima do verdadeiro sentido da missão”, disse o Bispo em entrevista à Agência Fides.
Na mesma entrevista, Dom Marengo falou quais desafios são propostos para que mais fiéis sejam evangelizados na Mongólia.
“É importante, por exemplo, estudar a língua ou aperfeiçoar os instrumentos que permitem estabelecer uma relação com as pessoas, procurando compreender quais são para elas os seus pontos de referência, a história, as raízes culturais e religiosas. Precisamos sussurrar o Evangelho ao coração da Ásia. Gosto de aplicar essa imagem à Mongólia: a anunciação da Palavra do Evangelho, como um sussurro, é, portanto, uma obra constante de evangelização que exige entrar em uma relação profunda com as pessoas; e, em virtude dessa autêntica amizade, podemos compartilhar o que temos de mais precioso: a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”, concluiu o jovem Cardeal.
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