Membros da presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) estiveram reunidos com o Papa Francisco nesta segunda-feira, 31 de outubro, quando foi apresentado o documento “Para uma Igreja sinodal em saída para as periferias – Reflexões e propostas pastorais da Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe”, resultado do encontro do Celam na Cidade do México em novembro de 2021.
Leia MaisCELAM: compromisso de serviço a toda Igreja Latino-Americana e do CaribeNa tarde da mesma data, o texto também foi apresentado. Publicado em seis idiomas (espanhol, Português, Inglês, Italiano, Alemão e Francês) o documento de 146 páginas é dividido em três partes: “Os sinais dos tempos que desafiam e alentam”; “Uma Igreja sinodal e missionária a serviço da vida plena”; e “Derramamento criativo em novos caminhos a percorrer”.
O texto oferece caminhos em seis dimensões: querigmática e missionária; profética e formativa; espiritual, litúrgica e sacramental; sinodal e participativa; sociotransformadora, e ecológica. Estas áreas foram refletidas em comunidade, e mostram muito claramente as preocupações do Povo de Deus em nossa região e suas sugestões e propostas.
Prática da Sinodalidade
Durante a reunião com Francisco, Dom Miguel Cabrejos, presidente do Celam reforçou que a Igreja na América Latina e Caribe viveu um "laboratório prático de sinodalidade", de modo que, progressivamente, “não será possível evitar a participação do Povo de Deus nas várias decisões da Igreja”, que, nas palavras do presidente do Celam, “favorece a corresponsabilidade, mas, ao mesmo tempo, põe desafios”.
Entre os desafios, o Bispo peruano mencionou agir sempre a partir da misericórdia, a coerência entre discurso e prática, leitura adequada dos sinais dos tempos, escuta, diálogo e discernimento como processo, comunicação mais empática, habitando o “continente digital”, acolhendo a diversidade, integrando a mulher nos espaços de decisão e ver sempre no próximo a imagem de Deus.
Dom Miguel destacou, ainda, os desafios que afetam o clero e a vida religiosa, em relação à sua formação em um mundo plural, seu modo de vida, mais simples, austero e místico, trabalhando na sinodalidade, promovendo e acompanhando os leigos. Estes, salientou, são chamados a caminhar juntos, avançar numa formação sólida, numa práxis coerente, e assumir a Doutrina Social da Igreja.
O Presidente do Celam reforçou que a Igreja “deve construir pontes, derrubar muros, integrar a diversidade, promover a cultura do encontro e do diálogo, educar no perdão e na reconciliação, no sentido de justiça, no repúdio à violência e na coragem da paz”.
Documento de Aparecida
O Cardeal Scherer recordou a Assembleia Geral de Celam realizada em Tegucigalpa, Honduras, em 2019, na qual foi decidido apresentar ao Papa o pedido para que fosse convocada uma VI Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho. O Pontífice, no entanto, considerou melhor voltar ao Documento de Aparecida e aconselhou outro tipo de iniciativa mantendo esse documento como referência, que deu origem à Assembleia Eclesial, com a participação de todos os membros do Povo de Deus.
Dom Odilo sublinhou, ainda, as três recomendações de Francisco na época: avaliar os frutos de Aparecida, analisar as lacunas e enxergar os novos desafios. O Arcebispo de São Paulo insistiu que, durante a Assembleia Eclesial, o desenvolvimento das reflexões não se fixou tanto em Aparecida, mas nos novos desafios e problemas não resolvidos desde então. O 1º Vice-Presidente do Celam acrescentou que esse foi um evento novo, diversificado, único, em termos de dimensões e participação, que despertou grande interesse em outros continentes, “com uma metodologia sinodal muito clara, algo nascido em Aparecida e promovido pelo Papa Francisco nos últimos anos”.
Participaram do encontro, no Vaticano, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, Arcebispo de Trujillo (Perú) e presidente do Celam; o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e 1º Vice-Presidente; o Cardeal Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, Arcebispo de Manágua, na Nicarágua, e 2º Vice-Presidente; Dom Rogelio Cabrera López, Arcebispo de Monterrey (México) e Presidente do Conselho para Assuntos Econômicos; Dom Jorge Eduardo Lozano, Arcebispo de San Juan de Cuyo (Argentina) e Secretário-Geral; Padre Pedro Brassesco, Secretário-Geral Adjunto; e o teólogo italiano Gianni La Bella.
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