Na última segunda-feira (27), em sua sede em Brasília (DF), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Leia MaisSanta Missa no Santuário abre Campanha da Fraternidade 2024Cristo Redentor recebe projeção do cartaz da Campanha da FraternidadeCardeal Odilo Scherer comenta sobre a Campanha da FraternidadeO foco da reunião foi a Campanha da Fraternidade, que em sua 60ª edição faz um alerta sobre o sofrimento causado pela insegurança alimentar, que afeta mais de 33 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN).
“O direito humano à alimentação adequada é indispensável para a sobrevivência. As normas internacionais reconhecem o direito de todos à alimentação e o direito fundamental de toda pessoa a estar livre da fome como pré-requisitos para a realização de outros direitos humanos. No Brasil, este direito está assegurado entre os direitos sociais da Constituição Federal, desde a aprovação da Emenda Constitucional nº 64, em 4 de fevereiro de 2010”, diz um trecho do Texto-Base da Campanha deste ano.
Para os membros da presidência e assessores da CNBB, o ministro ressaltou a importância da Igreja em divulgar esta causa:
“Venho aqui agradecer pela temática da Campanha da Fraternidade deste ano. Tudo o que mais precisamos no Brasil é de um pacto contra a fome. Unir todos para ajudar quem mais precisa”.
Ele ainda informou que os Sistemas de Assistência Social, de Segurança Alimentar e Nutricional e a Câmara Intersetorial, da qual participam 24 ministérios, estão sendo reestruturados para desenvolver ações para enfrentar a miséria.
União para combater a fome
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, afirma que o diálogo entre os diversos setores da sociedade mobiliza ainda mais a população a praticar a solidariedade.
“A Campanha da Fraternidade, que a igreja promove, tem o grande objetivo de, a partir da fé e dos valores do Evangelho de Jesus Cristo, mobilizar e motivar a população para a solidariedade”, disse.
O ministro reforçou a capacidade de diálogo da Igreja com o poder público, em função de sua expansão e também as experiências de combate à fome, como o trabalho dos Vicentinos e a Casa do Pão, na Arquidiocese de Olinda e Recife, como experiências modelos.
Da conversa com os bispos, foi firmado o compromisso em alinhar mais a relação do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome com o trabalho que desenvolve a Pastoral do Povo de Rua e também com os projetos apoiados pelo Fundo Nacional de Solidariedade.
Além de Dom Walmor, estiveram presentes o primeiro-vice presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral, Dom Joel Portella Amado e também o subsecretario-adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, bem como o assessor político da entidade, padre Paulo Renato.
Dom Orlando Brandes fala sobre a Campanha deste ano
Fonte: CNBB
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