Natural da capital dos Abruzos, na Itália, Irmã Livia Ciaramella, foi missionária na Costa do Marfim, e depois de um tempo, em 2006, foi convidada a animar celebrações eucarísticas pelo então capelão da prisão, padre Marco Pagniello, hoje diretor da Cáritas Italiana.Leia MaisCampanha Missionária 2022 aborda o tema “A Igreja é missão”A convivência entre gerações e a transmissão da féSinodalidade: comunhão que gera missão
Religiosa da Congregação das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, fundada por Madre Eugênia Ravasco, ela assumiu esse compromisso e desde então nunca deixou os presos sozinhos, sem oferecer uma oportunidade de escuta atenta.
A irmã conta que a parte mais difícil é quando os detentos chegam à prisão, a mudança de rotina é um choque de realidade, e que neste momento, a missão dela se torna indispensável.
“O momento mais difícil é quando chegam: o impacto da prisão, quando passam da comida caseira para a da prisão, quando não têm mais nada, perder a ocasião de falar com eles e de os ouvir naquele momento muito delicado, pode levar a consequências irreversíveis”.
Em entrevista ao Vatican News, a irmã contou sobre sua disponibilidade em ouvir os detentos e explicou que existem muitas atividades e iniciativas espirituais para os prisioneiros, como: celebração da Eucaristia, confissões e momentos oracionais, em que a irmã cria uma atividade de acordo com a necessidade.
“Em maio, ponho o calendário em cada ambiente da prisão, os presos marcam nele um horário e eu vou à sua cela para recitar o rosário com eles”, e acrescentou: “Chego, levo a imagem de Nossa Senhora de Fátima, e rezamos todos juntos”.
Ao contar sobre sua rotina com os prisioneiros, irmã Lívia conta que acorda às 5h da manhã, faz suas orações e recolhe doações para a merenda dos presos. Depois vai para a prisão onde todos os dias coordena oficinas de artesanatos que são vendidos nos mercados de caridade organizados por ela. Esse incentivo é uma tarefa para que os detentos não percam sua dignidade.
“Eu encontro-me com a pessoa, mas ao encontrar a pessoa eu levo Jesus, para que aquela pessoa se sinta amada e não julgada”.
A rotina proporcionou à irmã um conhecimento amplo das leis do sistema prisional, e ela segue essas leis para que os prisioneiros possam ter a oportunidade de experimentar a verdadeira humanidade.
“Com base no artigo 21, em colaboração com a Unitalsi, várias vezes levamos alguns jovens a prestar serviço aos doentes em Pompeia ou Loreto: eles encarregaram-se de empurrar as cadeiras de rodas e de os ajudar no que seja necessário”.
Outro momento em que a irmã se preocupa em realizar de forma humanizada é o momento de oração, onde dedica atenção à celebração eucarística.
“Segundo o artigo 17, em ocasiões especiais, como Natal e Páscoa, quando o Arcebispo Valentinetti vem celebrar, chamo os jovens que tocam vários instrumentos, para tornar a celebração eucarística ainda mais bonita: temos um grupo litúrgico, todos os domingos já sabemos quem terá de ler ou prestar os vários serviços”.
Além de tudo isso, a religiosa direciona os prisioneiros no caminho da educação e, principalmente, da fé.
“Quando saem da prisão, devem ser mais fortes do que antes, caso contrário a prisão limita-se a manter as pessoas dentro”.
Fonte: Vatican News
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