No mês de maio, celebramos 15 anos do Documento de Aparecida, que contém as principais propostas da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (CELAM), que aconteceu em 2007 em Aparecida, com a presença do Papa Bento XVI.
As diretrizes apresentadas no documento são para lideranças religiosas e também para os fiéis, que são convidados a serem discípulos e missionários de Jesus.
O Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, concedeu uma entrevista ao A12 falando sobre o assunto. Em uma de suas afirmações, ele explicou as principais contribuições do Documento de Aparecida para as diretrizes da ação evangelizadora da Igreja Católica.
“Foram muitas as contribuições do Documento de Aparecida para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora – DGAE da Igreja no Brasil. Em primeiro lugar, refiro-me às DGAE 2008-2011. Os temas são os seguintes: a conversão pastoral, a missão permanente, as quatro exigências da evangelização: o Serviço, o Diálogo, o Anúncio, o Testemunho. Outros temas acolhidos foram: a família missionária, a pessoa do pai na família; o Ensino Religioso, a opção pelos pobres.
Nas Diretrizes de 2011-2015, os temas acolhidos foram: a Educação, a Cultura, a animação bíblica, o diálogo com o mundo moderno. Já nas Diretrizes de 2015-2019, os temas acolhidos foram: a piedade popular, a secularização, os afastados da Igreja, a enculturação da fé.
Nas Diretrizes de 2019-2023: as Comunidades Eclesiais Missionárias, o pilar da Palavra, o pilar do Pão, o pilar da Caridade e o pilar da Missão; o Ecumenismo, a Iniciação à Vida Cristã, o Meio-Ambiente, os jovens, a família, a missão dos leigos e leigas na Igreja”.
Mesmo após 15 anos das diretrizes, Dom Orlando conta que alguns pontos importantes se destacam para o momento atual:
“O que ecoa hoje de maneira mais forte é a conversão pastoral e social, a formação de discípulos missionários, a Catequese de Iniciação à Vida Cristã, a Animação Bíblica de toda a pastoral, o amor aos pobres e a urgência do cuidado com o meio-ambiente”.
O arcebispo contou que nem todas as propostas do Documento foram colocadas em práticas e explicou alguns dos motivos:
“Colocar em prática o Documento de Aparecida e as DGAE depende das Dioceses. Uma grande dificuldade é que estes Documentos geralmente não são lidos e não chegam até o povo. Existe também, por parte de alguns setores da Igreja, a rejeição destes Documentos. Graças a Deus, a maioria das Dioceses insere o Documento de Aparecida nos seus planos pastorais”.Leia MaisPresidente da CNBB fala da importância do Documento de AparecidaBaixe a síntese popular do Documento de Aparecida
Existe um trabalho sendo realizado de acordo com o Documento, mas também existem desafios que a Igreja encontra para executar tudo da melhor forma. Dom Orlando destaca entre os grandes desafios: “A renovação da Catequese, o ecumenismo, a Igreja em saída, a animação bíblica pastoral, os afastados, os povos indígenas, o racismo, a formação de lideranças, o clericalismo e a juventude.”
Neste momento de comemoração dos 15 anos do Documento de Aparecida e do CELAM, Dom Orlando aproveitou para destacar os principais legados deixados para a Igreja, líderes religiosos e fiéis:
“A comemoração dos 15 anos do Documento de Aparecida tem a finalidade de nos levar a revisitar, a recordar e a aplicar as orientações pastorais do referido Documento. Sabemos que o Pontificado do Papa Francisco é iluminado e guiado pelo Documento de Aparecida. Para facilitar o acesso dos leigos e leigas e, portanto, do Povo de Deus, escrevi uma Síntese Popular do Documento de Aparecida. Várias Dioceses adquiriram este livreto.
As Conferências do Episcopado Latino-Americano: Rio, Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida aconteciam de dez em dez anos. Pela importância do Documento de Aparecida, o Papa Francisco não convocou outra Conferência, mas convocou os Bispos da América Latina para a 'Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe', no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México. Tudo isso em preparação ao Sínodo de 2023, sobre a Sinodalidade”, finalizou.
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