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Como foi o sexto dia de Assembleia Geral da CNBB?

Além da eleição de Dom Jaime Spengler como presidente da entidade, bispos brasileiros responderam aos jornalistas sobre a Amazônia e a Campanha da Fraternidade

Escrito por Redação A12

24 ABR 2023 - 07H40 (Atualizada em 25 ABR 2023 - 08H37)

João Pedro Oliveira - A12

Após estar em retiro no último final de semana, o episcopado brasileiro realizou atividades importantes logo nesta segunda-feira (24), em mais um dia da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Leia MaisBispos abordam temas como o investimento na formação de futuros padres e a JMJ 2023Bispos refletem sobre a ação evangelizadora da IgrejaOs bispos foram às urnas eletrônicas instaladas no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional de Aparecida, que definiram Dom Jaime Spengler como presidente da entidade pelos próximos quatros anos (2023-2027).

Como você pode acompanhar aqui no A12, a votação continuará nesta semana para a escolha dos cargos de primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente e secretário-geral, com votos secretos e até três turnos para cada função. Será considerado eleito aquele que atingir a maioria de dois terços dos votos no primeiro ou no segundo turno de votações.

Ao longo da semana de trabalhos, além dos membros da presidência, também serão escolhidos os 12 presidentes das Comissões Episcopais permanentes, 2 representantes da CNBB no Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), um titular e suplente e os bispos que participarão do processo do Sínodo sobre a Sinodalidade, no Vaticano.

Também nesta segunda-feira aconteceram a apresentação do balanço sobre a Campanha da Fraternidade 2023, que tem como temática a questão da fome no país, o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) e informes das Comissões para a Amazônia e a de Mineração e Ecologia Integral da CNBB.

Victória Holzbach/ CNBB
Victória Holzbach/ CNBB


Coletiva de Imprensa

Na tarde desta segunda-feira, na Sala de Coletivas, Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB falou sobre o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), criado em 1998 como um fruto do gesto concreto dos cristãos no Domingo de Ramos, quando valores arrecadados nas coletas das missas vão para o apoio a iniciativas nacionais e locais de enfrentamento das condições de pobreza e miséria.

"Tem gente que por causa da pandemia e outras razões está experimentando a fome! Neste período em que vivemos concentramos mais as ajudas no eixo assistencial do Fundo. Um momento de aprendizado, diante daquilo que é a relação entre o Fundo e a realidade. Só para vocês saberem uma característica de nossa iniciativa: Não precisa ser católico para apresentar um projeto ao Fundo. A necessidade não tem religião, não tem gênero, não tem raça, é necessidade e ponto final! Para 2023, estamos aguardando as remessas das coletas do Domingo de Ramos, aí vamos iniciar a olhar os projetos que serão beneficiados", disse. 

Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus (AM), falou sobre a importância que a Amazônia tem para o mundo, não somente pela parte ambiental. 

"Quando falamos de Amazônia, cada vez mais se alarga o horizonte de nossa compreensão. Estamos percebendo que existem povos originários que não tem contato com a civilização, temos culturas diferentes, cidades grandes e populosas, uma realidade muito abrangente. Também recordamos um povo extremamente acolhedor, com uma religiosidade profunda através das procissões e devoções, que tem o ritmo das águas!

Ressalto esses aspectos, mas também as dificuldades principalmente com o sofrimento dos povos Yanomamis, o desmatamento agressivo no Sul do Pará, onde não temos mais matas, no Sul do Amazonas as matas estão desaparecendo também, além da pesca predatória. É preciso dizer que muitas pessoas estão tendo essa sensibilidade solidária para com os mais necessitados, trabalhos como o da Cáritas devolvem a esperança a esse povo"

Dom Evaristo Spengler, bispo de Roraima (RR), em entrevista ao A12 esclareceu sobre as futuras ações da Igreja, que além de suprir os indígenas que sofrem com a fome e a violência, também irá auxiliar os trabalhadores dos garimpos ilegais, que estão desempregados e precisam de assistências e acolhimento. 

"Uma questão muito séria! Pois nessas áreas existe uma ilegalidade, um financiamento poderoso por trás, agora houve uma ordem de deixar a área Yanomami, os garimpeiros deixaram essa área através do trabalho da Polícia Federal estão migrando para a fronteira com a Venezuela e outras regiões. Tem uma questão séria, pois esse grupo não pode ser abandonado, até esse momento não vimos uma solução para isso. Temos que pensar em algo que pudesse apoiar estas famílias que são de fato pobres e que foram aliciadas ao garimpo ilegal", disse o bispo. 

Celebrações no Santuário

Os bispos rezarão o terço no Altar Central do Santuário Nacional, às 18h e logo após, às 18h30, participam da Santa Missa com vésperas, que será dedicada ao 3º Ano Vocacional do Brasil e será presidida por dom João Francisco Salm, bispo de Novo Hamburgo e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

Acompanhe toda a cobertura da Assembleia Geral da CNBB nesta página especial e também pela Rede Aparecida de Comunicação e pelo Aparecida Ao Vivo.

Fonte: CNBB

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