Nesta quinta-feira, 9 de junho, foram concluídos os trabalhos da 84ª edição da Assembleia dos Bispos do Estado de São Paulo, que compreendem a Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB).
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Como tema central, o encontro com a participação de coordenadores de pastoral das seis arquidioceses e 36 dioceses paulistas, refletiu novas questões que desafiam a vida e a missão eclesiais, 15 anos após a realização da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe.
O Documento de Aparecida, como é conhecido o texto final da conferência, fez parte do conteúdo das discussões do episcopado paulista reunido desde a última terça-feira, dia 7, em Indaiatuba (SP), no Mosteiro de Itaici.
Sobre a conclusão dos trabalhos, o presidente do Regional, Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP), já antecipou a expectativa de continuidade do encontro dos bispos do Estado de São Paulo com representantes dos fiéis que ocorrerá em Aparecida (SP), entre os dias 14 e 16 de outubro.
“Saímos daqui com mais entusiasmo para ampliarmos a reflexão na Assembleia das Igrejas Particulares com a presença de nossos leigos e leigas: é assim que a Igreja no Estado de São Paulo vai caminhando e realizando a sua missão de levar Jesus Cristo para todos!”, finalizou.
Conclusão dos trabalhos
As atividades da assembleia foram encerradas com a reflexão sobre o Ensino Religioso, conduzida pelo bispo auxiliar de São Paulo (SP), Dom Carlos Lema Garcia.
Na apresentação, o bispo auxiliar explicou algumas orientações do recente Documento do Dicastério para a Educação e Cultura, sobre a identidade das escolas católicas, publicado em 25 de janeiro de 2022. Em sua fala, Dom Carlos abordou alguns indicadores do caráter confessional das escolas ligadas à Igreja, como a seleção dos professores e sua formação, e os conteúdos da disciplina de Ensino Religioso Confessional.
“Sabemos que há um crescente analfabetismo religioso numa sociedade secularizada. Nesse contexto, as propostas do Ensino Religioso vêm atender à demanda das questões cruciais sobre o sentido da vida humana: quem somos, de onde viemos, o que devemos fazer nessa vida e para onde iremos após a nossa morte. São perguntas que somente encontram respostas na referência a Deus e ao sentido religioso da vida”, disse Dom Carlos.
Sobre a importância do Ensino Religioso para que a estrutura eclesial continue a contribuir com o desenvolvimento humano, Dom Carlos ressaltou que a Igreja sempre se antecipou nas respostas aos anseios da sociedade sobre o âmbito da educação:
“Basta considerar o papel dominante das ordens e congregações religiosas no mundo da educação: a cidade de São Paulo, hoje a maior metrópole da América do Sul, foi fundada no Pátio do Colégio, com uma missa, no dia 25 de janeiro de 1554, e com uma pequena escola para indígenas e filhos de portugueses, numa missão dos padres jesuítas", enfatizou.
Dando continuidade, o bispo auxiliar de São Paulo ressaltou que, mesmo com muitas dificuldades, “a história vem se repetindo com o passar dos séculos e as instituições ligadas à Igreja se sucedem para oferecer a formação religiosa às novas gerações. Hoje reparamos que estão surgindo escolas que oferecem formação católica, promovidas por um número considerável de novas comunidades na maioria dos estados da federação”, finalizou.
“Diante do que ouvimos de Dom Carlos, entendemos que a perspectiva de fundamentação das bases religiosas na educação é de urgência para que a Igreja continue sua evangelização e ajude a sociedade na construção dos reais valores que podem se perder diante do secularismo”, salientou Padre Anatoli Konstantin Gradiski, docente da Faculdade João Paulo II de Marília (SP), cuja mantenedora é composta pelos bispos da Província Eclesiástica de Botucatu.
:: Veja como foi a celebração dos 15 anos da Conferência de Aparecida
Fonte: CNBB
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