O tráfico de pessoas é uma realidade no Brasil e no mundo, de forma mais presente do que se imagina. Segundo estimativas globais da ONU, cerca de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano a cada ano, sendo os grandes alvos dos traficantes as pessoas vulneráveis, como mulheres, migrantes, crianças e jovens LGBTQI+.
De acordo com a CNBB, “a data de 30 de julho foi instituída, em 2013, pela na Assembleia Geral da Nações Unidas, como Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O objetivo da Resolução A/RES/68/192, da ONU, ao estabelecer um marco para o dia, foi ‘criar maior consciência da situação das vítimas do tráfico de seres humanos e promover e proteger seus direitos’”.
Em vídeo para a Campanha, Dom Adilson Pedro Busin, bispo auxiliar de Porto Alegre (RS) e membro Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), convida as comunidades, paróquias e organizações a participarem da iniciativa e destaca que o papel da Igreja, de acordo com o pedido do Papa Francisco, é atuar no alerta, conscientização e enfrentamento do tráfico.
Papa Francisco e o combate ao tráfico de pessoas
Com início das atividades em 2018, o Papa Francisco criou o Grupo Santa Marta para combate ao tráfico humano. De acordo com a Vatican News, "o grupo reúne organizações civis e religiosas para compartilhar competências, experiências e prática para prevenir e lutar contra o tráfico de seres humanos e as modernas formas de escravidão", colaborando a nível local, nacional e internacional.
“A Igreja é sempre grata por cada expressão de caridade fraterna e de cuidado para com quem foi escravizado e explorado, porque deste modo a misericórdia de Deus se torna visível e o tecido da sociedade é reforçado e renovado”, foi o agradecimento do Pontífice ao Grupo durante audiência no Vaticano, em maio deste ano.
Em 2018 foi celebrado no Vaticano diversas iniciativas ao Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico Humano.
Confira um trecho da fala do Papa Francisco
"Cuidar é a ação de Deus na história, na nossa história pessoal e na nossa história comunitária. Deus cuidou e cuida de nós o tempo todo. Cuidar, juntos, homens e mulheres, é o apelo deste Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas: juntos podemos fazer crescer uma economia do cuidado e combater com todas as forças toda forma de exploração do tráfico de pessoas", proclamou Francisco.
"Convido todos a manterem viva a indignação - manter viva a indignação!", disse ele, "e todos os dias encontrar forças para se comprometer com determinação nesta frente. Não tenham medo diante da arrogância da violência. Não se rendam à corrupção do dinheiro e do poder", finalizou.
Leia MaisComissão de enfrentamento ao tráfico humano da CNBB divulga alertaTema está sempre em pauta na IgrejaNão é a primeira vez - e infelizmente, não será a última - que o tema do tráfico de pessoas faz parte da pauta das discussões da Igreja no Brasil.
A Campanha da Fraternidade de 2014, por exemplo, abordou o assunto sob o lema "É para a liberdade que Cristo nos libertou" (Gl 5,1).
No ano passado, o programa Aparecida Debate, da TV Aparecida, também abordou o tema. Reveja no vídeo abaixo.
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