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Missão Jovem na Amazônia desperta o ardor missionário

Jovens retornam a suas comunidades com o ardor missionário no coração

Escrito por Laís Silva

19 DEZ 2023 - 11H07 (Atualizada em 21 DEZ 2023 - 15H39)

CNBB

Do dia 9 a 17 de dezembro, a diocese de Macapá, no Amapá, sediou a V Missão Jovem na Amazônia, encontro que reuniu jovens do Amapá, Pará, São Paulo, Espírito Santo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul, para uma experiência missionária.

O evento, organizado pela Comissão Episcopal para a Juventude em parceria com o regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), neste ano tratou o tema “O anúncio do Evangelho da Vida no meio do mundo”, e visa promover ações missionárias com a juventude. Leia MaisPlaylist: 12 músicas para tocar no seu grupo de jovensPapa Francisco recebe as mensagens dos Jovens de Maria!

Ao chegarem em Macapá, os jovens participaram de uma Missa presidida por dom Pedro José Conti, na Catedral São José. No domingo participaram de um momento de formação e em seguida foram encaminhados para as paróquias, em que foram acolhidos para a missão.

O domingo (17), foi marcado pelo encerramento do projeto com uma missa presidida pelo presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, dom Vilsom Basso.

“A Missão Jovem na Amazônia, em Macapá, deixou sementes plantadas no coração de nosso povo, no coração das juventudes que aqui estiveram e também de esperança para toda a Igreja. A Igreja quer as juventudes missionárias protagonistas, Igreja jovem, jovem evangelizando jovem. Que Deus abençoe as juventudes do Brasil e que as sementes plantadas produzam muitos frutos”, afirmou dom Vilsom.

Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo referencial para a Juventude no regional Norte 2, destacou que a realização do evento foi muito importante para os jovens:

Antes de tudo, penso que os bispos devem levar mais a sério esse projeto, incentivando os jovens. Pois, essa é uma maravilhosa experiência educativo-pastoral, os jovens precisam dessas experiências; é necessário mais motivação e incentivo por parte das lideranças adultas, a começar dos bispos e assessores; os números estão alertando e gritando… quanto aos jovens que se preparam através do amor à Igreja e a abertura ao diferente”, completou dom Antônio.

O olhar de um missionário

O seminarista Lucas de Bem, da Diocese de Lorena (SP), participou da V Missão Jovem na Amazônia. Suas missões foram realizadas no território da Paróquia Santa Cruz, nas comunidades eclesiais: Nossa Senhora de Lourdes e São Lázaro.

Arquivo Pessoal / Lucas de Bem
Arquivo Pessoal / Lucas de Bem

Lucas contou ao A12 um pouco de como foi sua missão durante esses dias:

“Nas missões nos dividimos em grupos e os grupos em duplas ou trios. Desse modo, batíamos de casa em casa, nos apresentando como missionários católicos e propondo uma leitura bíblica, uma bênção para a casa e moradores e também uma conversa. Se necessário, chamamos os Padres e Bispos presentes para ministrarem algum sacramento”.

A realidade da região marcou a experiência de Lucas. Ele relatou a diferença das situações de sua região e também destacou o acolhimento da população local.

“Posso dizer que, de maneira particular, me marcou a realidade dos bairros, muito diferente daquilo que vivo desde que nasci na minha região, que é no interior de São Paulo. Nas casas visitadas a grande maioria não possui tratamento de esgoto e são todas protegidas por inúmeras grades e cadeados.

Tem ainda a realidade das “pontes”, que são casas de madeira construídas sobre riachos e áreas alagadas que se tornam grandes esgotos a céu aberto, e mesmo com toda essa realidade social complexa, as pessoas são extremamente carinhosas e abertas após uma breve apresentação. Fomos muito bem recebidos em diversas casas, de pessoas de diversas religiões e até sem religião”.

Missionários costumam dizer que as missões transformam suas vidas e que nenhuma já feita é igual a outra, e cada experiência fica marcada na memória. O seminarista contou um momento que vivenciou nesta missão.

“Encontramos com homens e mulheres que, ao lermos uma passagem bíblica e fazermos uma breve reflexão, abriram seus corações e histórias a nós, choraram, fizeram perguntas, buscaram se reaproximar da Igreja e dos sacramentos e nos apoiaram em nossa missão”.

Arquivo Pessoal / Lucas de Bem
Arquivo Pessoal / Lucas de Bem

Lucas contou com alegria um pouco do aprendizado que leva desta experiência de anúncio do Evangelho.

Trago para mim um grande aprendizado missionário, que já está marcado em minha vocação. Entendi na prática a importância da missão da Igreja, que vai ao encontro de quem está afastado ou esquecido. É necessário buscar um estado permanente de missão, principalmente ao ouvir frases como: “Nossa, nunca tinha visto um missionário da Igreja Católica, assim, na minha rua” ou “Eu queria fazer Primeira Comunhão, agora vou procurar a Igreja pra isso”. Quero cada dia mais me esforçar para ir ao encontro do outro, buscar viver esta ação misericordiosa que o encontro e a escuta proporcionam, tanto para o outro quanto para mim”.

E finalizou:

“Posso dizer que esta missão compreende uma enormidade de aspectos, principalmente comunitários e espirituais, que contribuem de forma extraordinária para a formação de um verdadeiro cristão católico, preocupado com o anúncio do Evangelho a todas as pessoas”.

Fonte: CNBB

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