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O protagonismo do leigo e da mulher em uma Igreja Sinodal

Direto do Vaticano, colhemos testemunhos para mostrar a importância do laicato para a fé católica

Escrito por Alberto Andrade

25 OUT 2024 - 15H00 (Atualizada em 25 OUT 2024 - 15H36)

Vatican Media

Estamos perto do fim do Sínodo sobre a Sinodalidade, que terá a Missa de Encerramento, celebrada neste domingo (27), na Praça de São Pedro.

No início da atual fase, o Papa Francisco defendeu uma nova relação entre hierarquia e leigos, particularmente no exercício do ministério dos bispos.

“O fato de estarmos aqui reunidos — bispo de Roma, bispos representantes do episcopado mundial, leigos e leigas, consagrados e consagradas, diáconos e presbíteros testemunhas do caminho sinodal, juntamente com os delegados fraternos — é sinal da disponibilidade da Igreja para escutar a voz do Espírito Santo”.

Leia MaisQuais as impressões dos bispos sobre o Sínodo 2024?Bispos brasileiros falam da fase final do Sínodo no VaticanoSheila Pires, secretária da Comissão para a Informação da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, ressalta como é importante termos leigos ativos em nossas comunidades.

“Houve 70 intervenções livres. Um dos temas que mais surgiu foi o papel dos leigos, sua colaboração com os bispos e sacerdotes, sua participação nos processos de tomada de decisão. Encorajou-se a colaboração entre sacerdotes e leigos, assim como a necessidade de maior participação de leigos e leigas em funções de liderança. Sua presença é indispensável: eles cooperam para o bem da Igreja”. 

Nathalia Oliveira - A12
Nathalia Oliveira - A12


Sônia Gomes de Oliveira, presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) está no Vaticano e falou sobre os assuntos refletidos no Sínodo sobre a importância do leigo.

“Eu creio que todo o processo destes três anos de construção do Sínodo já é um sinal de esperança. O modelo sinodal não é uma novidade, pois os leigos já fazem isso há muito tempo, através da animação das comunidades e do processo de escuta, consulta e discernimento.

O laicato não é apenas a tarefa na paróquia, mas sim uma vocação e um ministério para vivenciar! Aqui no Sínodo nós trabalhamos muito a formação compartilhada, colegiada, e estamos planejando que sejam fomentados maiores investimentos na formação.

Se olharmos para a escuta, os relatórios, as assembleias, vemos que quem quer caminhar com o que o Espírito Santo pede para a Igreja, através do Papa Francisco, está assumindo o modelo de uma Igreja Sinodal”.

O protagonismo das mulheres

João Éder - TV Aparecida
João Éder - TV Aparecida


Em entrevista à Rede Aparecida de Comunicação, Valéria Lopez, secretária adjunta da Conferência Episcopal do Chile, falou que a partir da dignidade e corresponsabilidade, não é perdida a ênfase sobre a contribuição das mulheres no passado e no presente.

A verdade é que nós temos uma tradição da grande da participação e da inserção das mulheres na vida da Igreja.  Há muitas ferramentas e muitas possibilidades para as mulheres com as normas que hoje temos, mas temos que usá-las, aplicá-las, temos que conhecê-las. Sou consciente de que não é a mesma realidade em todos os países da América Latina e isso, a nós mulheres, nos dói.

Porque não se pode depender do lugar onde está, de onde se dá assistência, de onde se trabalha. Qual é a possibilidade de certos direitos? E de cumprir deveres também? Entrar nesse caminho sinodal, que nos convida o Papa, nos permite de algum modo, entrar em contato com todas as realidades e nos unir de algum modo ao clamor de tantas mulheres que hoje em dia seguem pedindo uma maior participação na vida da Igreja”.

Presente na cobertura da Rede Aparecida diretamente do Vaticano, a repórter Camila Morais nos testemunha a importância da mulher para a evangelização a partir do que está sendo refletido no Sínodo.

João Éder - TV Aparecida
João Éder - TV Aparecida


Devemos reconhecer que a mulher é protagonista da sua vida, da vida da sua família e da vida da Igreja.

Se não fossem as primeiras cristãs, que conviveram com Jesus e testemunharam o que Ele fez ao longo desses anos todos, se não fossem as mulheres, que assumiram a evangelização em lugares onde não há presença formal da Igreja, a gente sabe que o Evangelho não teria sido levado adiante.

Então, ser uma mulher, estar à frente de um veículo de comunicação, reportando isso para o mundo todo, é muito significante. E falar que a mulher tem, sim, voz e vez na evangelização e tem presença na Igreja, é muito significativo.

Eu, como mulher aqui, represento as multidões de mulheres que estão no Brasil acompanhando o trabalho da TV Aparecida”.


Confira mais detalhes sobre a parte final do Sínodo, diretamente da Itália


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