Permissão de atividades econômicas em terras indígenas, como mineração e agronegócio, atraso na vacinação contra a Covid-19 e desrespeito com a cultura são exemplos concretos do que o povo indígena tem enfrentado.
A morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na região amazônica do Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, também foram motivadores para a escolha do tema e citados em meio as discussões.
Para debater sobre o assunto, contamos com 3 profissionais atuantes na causa:
Elisangela Cavalheiro – Jornalista do Portal A12, apresentadora e mediadora do Giro A12.
Dom Roque Paloschi - Arcebispo de Porto Velho e Presidente do Conselho Indigenista Missionário - CIMI
Marline Dassoler - Missionária do CIMI em Florianópolis - SC
Márcia Oliveira - Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia e Assessora da Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM/CNBB
Entre os principais assuntos abordados está a importância da sociedade, bem como dos cristãos, se envolverem com a causa. A Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia trata de como esse povo nos ensina, como sociedade, e nas tomadas de decisão quando se trata das gerações futuras.
“Esses aprendizados são muito fortes, no sentido de reorientar também a evangelização, de reorientar também a nossa espiritualidade, de reorientar a nossa posição como Igreja e como sociedade. Então, nesse sentido, eu acho que uma questão que quem está fora, não esta acompanhando, pode se somar nessa grande luta, nesse grande processo, de uma nova reposição da Igreja, com relação aos povos indígenas.”, diz Márcia.
Outro ponto importante tratado na discussão foi sobre o julgamento histórico de reintegração de posse da terra do povo indígena Xokleng, em Santa Catarina, que coloca em risco o futuro das terras indígenas no Brasil.
“Nenhum dos povos indígenas é contra o desenvolvimento, mas a pergunta que eles nos fazem é essa: que desenvolvimento é esse que destrói o biomas, envenena as terras, as águas e o ar para concentrar riqueza nas mãos de poucos e gerar miséria (...) e ‘aí’ nós alegamos que o impedimento do desenvolvimento do Brasil são as terras indígenas. É uma falácia, é uma falsidade.”, explica Dom Roque sobre a questão.
A Missionária do CIMI compartilha também uma mensagem, que vai de encontro com uma frase muito falada na organização, “a causa indígena é de todos nós, de todas nós”.
“Que a gente consiga olhar para as nossas comunidades indígenas, para os povos indígenas, tendo um olhar ecumênico, tendo um olhar inculturado e um olhar inter-religioso, porque os povos indígenas nos dão uma grande certeza, eles nos dão um grande ensinamento, que é a resistência, se manter resistentes, firmes na esperança”, finaliza Marline.
Assista a terceira edição na íntegra
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