Na espiritualidade do tempo da Quaresma, enfatizamos a reflexão, a oração e a conversão, e o povo católico brasileiro é contemplado com uma bênção especial: a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2025, celebramos 61 anos desta iniciativa que une fé e ação em prol de um mundo mais fraterno e solidário.
A partir do tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e do lema “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31), a iniciativa convida todos os cristãos a refletirem sobre o cuidado com a criação e a promoverem uma verdadeira conversão integral.
Em tempos de crise socioambiental, somos chamados a ouvir o clamor dos pobres e o grito da Terra, assim, reconhecendo a beleza e a sacralidade de toda a criação, como obra do amor de Deus. Essa proposta nos impulsiona a agir em defesa da vida, da justiça e da sustentabilidade, promovendo mudanças concretas em nossas atitudes.
Mas qual a razão para a Ecologia Integral ser divulgada nessa Campanha?
Primeiramente, vamos explicar o que é esse termo: "ecologia integral" não define apenas ecologia com meio-ambiente, florestas e temas óbvios associados a ela. Mas as consequências do modelo econômico que levaram o planeta a esse estágio de degradação social e ambiental da atualidade. O assunto começou a ser tratado com mais engajamento pelo Papa Francisco, em sua Encíclica Laudato Si sobre o cuidado com a Nossa Casa Comum, a irmã e Mãe Terra.
Na encíclica, o Santo Padre propõe uma reflexão sobre a relação profunda existente entre todas as criaturas do nosso planeta.
“Proponho que nos detenhamos agora a refletir sobre os diferentes elementos duma ecologia integral, que inclua claramente as dimensões humanas e sociais”, diz um trecho do documento.
Este é um conceito que une dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas e espirituais, promovendo uma visão integradora em que o ambiente é reconhecido como uma casa a ser cuidada, e não como um recurso a ser explorado. E outra importante definição sobre a ecologia integral é a exigência de uma conversão ecológica profunda e abrangente, que inclui o reconhecimento do pecado ecológico. Este se refere à violação do equilíbrio da criação, seja pelo uso predatório dos recursos naturais, pela poluição ou pela indiferença às mudanças climáticas.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga que o Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2025 diz que essa ofensa exige arrependimento verdadeiro e sincero, além de ações concretas de reparação, implicando uma mudança de mentalidade e estilo de vida que englobem a renovação espiritual e ética. O processo inclui práticas como redução do consumo, combate ao desperdício e a adoção de atitudes sustentáveis, como priorizar o transporte público e consumir alimentos locais e saudáveis.
"A Ecologia Integral enfatiza a interligação entre o Criador, o ser humano e toda a criação. É um conceito que une dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas e espirituais, promovendo uma visão integradora em que o ambiente é reconhecido como uma casa a ser cuidada, e não como um recurso a ser explorado", diz Dom João Santos Cardoso, Arcebispo de Natal (RN).
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Fonte: CNBB
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