0O Santuário Nacional de Aparecida irá receber nesta quarta-feira (19) a 60ª edição da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), encontro que acontece até dia 28 de abril.
Leia MaisQuais temas serão abordados na Assembleia Geral da CNBB?Secretário-Geral da CNBB dá detalhes da 60ª Assembleia Geral
Os trabalhos iniciam às 8h30 com uma fala de abertura do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no Brasil.
Dentro da programação, um dos temas principais a serem discutidos pelos bispos será a Avaliação Global da Caminhada da entidade durante o mandato atual, iniciado em 2019, e que será encerrado nesta assembleia, onde serão feitas eleições para a nova presidência e novos representantes das Comissões Episcopais.
No relatório que será divulgado logo na primeira sessão desta quarta-feira (19) constam as principais iniciativas da CNBB realizadas nos últimos quatro anos, especialmente no que se refere às ações promovidas no período da pandemia, como campanhas e projetos. Nele, também constam informações das atividades desenvolvidas pelas Comissões da entidade e, ainda, um balanço dos projetos apoiados pelo Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), da Campanha da Fraternidade.
A assessoria de comunicação da CNBB entrevistou os quatro membros da presidência sobre o balanço desta caminhada da Igreja no Brasil nesse período, marcado principalmente pela pandemia do Covid-19, os efeitos da guerra na Ucrânia e as divergências político-ideológicas em nosso país.
Dom Walmor: um mandato à luz da fé
Ao final da 57ª Assembleia Geral, realizada em maio de 2019, Dom Walmor Oliveira de Azevedo aceitou a missão de presidir a CNBB, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes.
“Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”, disse à época o Arcebispo de Belo Horizonte (MG), que conduziu a entidade a partir destas atitudes, num período complicado para a humanidade.
O atual presidente falou dos desafios enfrentados, como o aprendizado em novas tecnologias de comunicação, o maciço trabalho de amparo espiritual e social às pessoas que sofreram e ainda sofrem as consequências dos anos da pandemia, a onda de notícias falsas e também a ruptura de famílias por causa da polarização vivenciada no último processo eleitoral.
“A CNBB, coerente com o que ensina Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor, sempre se manteve ao lado dos pobres, fiel aos valores do Evangelho, elevando, corajosa e profeticamente, a sua voz, para denunciar ameaças à sociedade e à democracia, e descasos para com os mais pobres. Fiel a esse compromisso, a CNBB buscou sempre o caminho do entendimento e do diálogo, unindo-se a instituições sérias, de credibilidade, em um grande Pacto pela Vida e pelo Brasil.”
O arcebispo também falou quais são as prioridades para a Igreja nos próximos anos.
“A Igreja Católica, em todo o mundo, busca investir cada vez mais na sinodalidade, acolhendo convocação vinda do luminoso magistério do Papa Francisco. A CNBB, que já é expressão da sinodalidade na Igreja, reunindo as muitas contribuições do episcopado brasileiro, a participação de evangelizadores consagrados e cristãos leigos e leigas, precisa avançar sempre mais neste caminho sinodal.”
Dom Jaime enfatiza a comunhão dos bispos
Arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler também ressaltou o aprendizado em caminhos que não eram imaginados, devido à crise sanitária do Covid-19 e também falou qual foi o principal condutor da presidência nos últimos quatro anos.
“O que conduziu e orientou a ação da presidência não poderia ser outra coisa senão o desejo de colaborar para fomentar a razão mesma de ser da Conferência: promover a comunhão entre os Bispos. Ao longo do quadriênio, a sintonia, a cooperação, a disposição para colaborar e o espírito fraterno foram aspectos marcantes da atual composição.”
Dom Mário falou sobre a esperança neste tempo
Segundo vice-presidente da entidade, o Arcebispo de Cuiabá (MT), Dom Mário Antônio da Silva resumiu quais os desafios enfrentados pela Igreja no atual mandato.
“Destaco o espírito de comunhão entre os membros da presidência à serviço da Conferência Episcopal e da Igreja no Brasil. Destaco a comunicação clara e objetiva, procurando semear a Esperança nas questões difíceis e partilhar as alegrias nos fatos celebrativos. Também destacou a preocupação da nossa presidência com a gestão e a sustentabilidade da CNBB no quadriênio que se finda e também no planejamento para o próximo ano. O Espírito Santo nos conduziu e nos iluminou dando-nos a possibilidade de indicar caminhos de unidade e de sinodalidade.”
Unidade e colaboração foram os destaques para Dom Joel
Bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB avaliou a gestão a partir de três frentes de atuação da Conferência: a evangelizadora, a gestão dos bens temporais e a do diálogo com a sociedade e o governo.
“Uma alegria destacável foi a capacidade de enfrentar os desafios que surgiram: pandemia, proteção de dados, adequação da gestão, uso da tecnologia virtual, polarizações. Desafios novos são sempre desestabilizadores, mas a unidade da presidência e a indispensável colaboração do Conselho Permanente permitiram superar os desafios surgidos. Em meio a tantas oposições e polarizações, em meio a feridas que atingiram famílias e comunidades, o desafio da reconciliação é imperativo na reconstrução da comunhão.”
Outro destaque de Dom Joel Portella Amado foi a fraternidade entre os membros da presidência.
“O estilo de Dom Walmor para conduzir as questões, ouvindo as diversas vertentes das questões e valorizando o conhecimento especializado nas diversas áreas, ajudou muito. Também a divisão de serviços, envolvendo os dois vice-presidentes foi importante. A mim, na Secretaria Geral, essa composição foi de grande ajuda, pois, sempre pude contar com o apoio direto e experiente de Dom Walmor, Dom Jaime e Dom Mário. E a amizade entre nós se fortaleceu ainda mais.”
remove_red_eye Você já pode visitar a página especial do A12 sobre a Assembleia Geral, com a cobertura dos principais temas abordados nas sessões e as entrevistas coletivas, com os resultados das reflexões e encaminhamentos dos temas. As celebrações durante os dias da assembleia, que acontecerão às 18h30, serão transmitidas pela TV Aparecida e pelo Aparecida ao Vivo.
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Fonte: CNBB
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