A segunda fase do Sínodo sobre a Sinodalidade chegou a sua última semana, e se encerra neste domingo (27).
A Igreja está representada por todas as vocações e ministérios: leigos e leigas, religiosas, religiosos e consagrados, padres, diáconos e bispos. Todos juntos refletem sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”.
Leia MaisSacerdotes explicam os trabalhos dos últimos dias do SínodoEstão sendo dias de oração, reflexão, diálogo entre irmãos e irmãs com o objetivo de encontrar indicações para que a Igreja continue respondendo ao mandato do Senhor de ir pelo mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura.
Isso tem sido feito ao longo dos séculos, quando a Igreja tem buscado responder cada tempo de acordo com os desafios e as necessidades próprias que se lhe apresentavam.
Não faltaram questionamentos, preocupações, tensões e até mesmo incompreensões, tudo para que seja alinhado em todo o mundo que na Igreja sinodal toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, será sempre convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na tomada de decisões pastorais.
No Vaticano, desde o dia 17, a Rede Aparecida está presente realizando uma cobertura exclusiva do Sínodo e seguindo os passos do Papa e conversamos com três bispos brasileiros participantes da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo e que falaram ao A12 do resultado das escutas diocesanas, nacionais e continentais, um caminho de reflexão, de escuta e de discernimento nas comunidades eclesiais de todo o mundo.
Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André (SP), ressaltou o Sínodo como positivo pela convivência, as orações ao Espírito e o discernimento para o futuro da Igreja, como também da conversão estrutural.
“Sinto que progredimos do ano passado até agora. Todos falaram no Sínodo o que podiam falar, e cada comissão fará seu trabalho. No documento final, cada capítulo tem um apelo à conversão. Além da conversão espiritual, a mais importante, precisamos mudar certas estruturas.
Pois no Documento de Puebla em 1979 é descrito que a estrutura que não ajuda na evangelização precisa ser mudada. O Documento de Aparecida (2007) reforça isso em mudar na Igreja este tipo de estrutura! Temos que fazer mudanças em nossas vidas, como mudar de casa, por exemplo, a gente muda pra melhorar, pra evoluir! A Conferência Episcopal precisa prestar contas ao povo de Deus, sempre”.
Participando do encontro, o Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF) resumiu as atividades nestes mais de 20 dias no Vaticano.
“Um momento rico de palavras livres, discussões, onde cada um se manifestou e assim, propuseram um primeiro texto, e agora caminhamos ao texto final. Destaco a sinodalidade, uma Igreja mais participativa, mais próxima do povo, onde todos estejam envolvidos na evangelização e na missão.
A Igreja do Brasil envolve o laicato e temos diversos processos de participação do nosso povo! Estamos nesse processo de comunhão, participação e nesta missão, pois assim todos sejam envolvidos na missão, onde se sintam parte ativa da Igreja. O Papa resgatou esta dimensão que São Paulo VI organizou, uma Igreja de escuta e discernimento que conduzam a decisões mais participadas”.
Dom Joel Portella, bispo diocesano de Petrópolis (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé levantou questões concretas a partir do Sínodo.
“Um tema novo, grande, desafiador e temos uma grande certeza: o Espírito Santo conduz a Igreja! Começamos sem saber o que era a sinodalidade, aprendemos, vimos possibilidades de aplicação e trabalhamos com tranquilidade e um Espírito Sinodal, uma grande sintonia entre os membros sinodais”.
Dom Joel ressalta a preocupação da Igreja com a evangelização nos tempos atuais.
“A grande questão do Sínodo é a missão! Em um mundo marcado pelo individualismo, você reunir gente do mundo todo, um número aproximado de 350 membros, e conseguirmos fazer isso. Se conseguirmos colocar no documento final que o grande serviço que a Igreja presta ao mundo é a comunhão, já ganhamos muita coisa! Este Sínodo e o Documento de Aparecida têm muitos pontos em comum: da Iniciação Cristã, Vida em Comunidade, relacionamento humano, muitas coisas que apareceram”.
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