Na tarde desta quarta-feira, 31 de agosto, a Coletiva de Imprensa do quarto dia de Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprofundou temas importantes que foram refletidos no encontro, como o Novo Estatuto da entidade e os critérios para o Ministério do Catequista.
Leia MaisMissa recorda os bispos falecidos desde a última Assembleia da CNBBDom Darci celebra o rádio como instrumento de evangelizaçãoDom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO) e membro da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB iniciou a Coletiva falando do presente concedido pelo Papa Francisco, que é a instituição do Ministério do Catequista, através do Motu Proprio Antiquum Ministerium, e que o assunto discutido na Assembleia é uma resposta a esse chamado, que deixa para a Igreja algumas indicações e pede às Conferencias Episcopais que possam regulamentar e organizar as formações para aqueles que vão receber o ministério.
Na Assembleia, foram aprovadas as orientações para a escolha, o discernimento e a formação do catequista, até ele se tornar um ministro.
Para ser instituído ministro, o período de experiência como catequista, formação humana, espiritual e pastoral do catequista é de cinco anos, e pode receber uma formação específica para exercer essa missão presente em cada comunidade.
Em entrevista exclusiva para o A12, o Bispo falou sobre como as Dioceses poderão avaliar os candidatos a serem Ministros de Catequese:
"Como o catequista exerce sua missão na comunidade, a Paróquia é quem vai suscitar e reconhecer a pessoa como vocacionado a ser Ministro. O pároco ou mesmo a Pastoral Catequética vai passar o itinerário, convidar o catequista a percorrer esse roteiro, e se ele preencher os critérios estabelecidos para se estabelecer o ministério", disse.
Dom Waldemar também falou sobre o desafio para os catequistas em trabalhar na evangelização durante a pandemia, visto que crianças, adolescentes e adultos também tiveram dificuldades de aprendizado em suas escolas, cursos ou faculdades nesse mesmo período.
"Queria agradecer aos catequistas que se empenharam muito na missão nesses dois anos. Recebi muitos testemunhos de crianças que na catequese faziam um complemento na alfabetização, pois os pequenos não tinham esse acesso ao conhecimento nas escolas. Outro destaque foi a Catequese Familiar, onde os pais ensinavam aos seus filhos os conteúdos", concluiu.
Na sequência, Dom Moacir falou quais pontos importantes foram alterados no estatuto da CNBB:
"Foi incluído um preâmbulo, que explica o espírito, a missão da Conferência, temos agora um capítulo sobre os Bispos Eméritos e também sobre os regionais, as divisões episcopais espalhadas pelo Brasil. O texto que aprovamos em 2018, e a mais sensível mudança é na presidência, onde temos o presidente, 1º e 2º vice-presidentes e secretário geral. Um grande trabalho foi iniciado pelas recomendações da Santa Sé, mesmo com a pandemia fizemos uma grande consulta ao episcopado a partir de encontros remotos com Bispos, Teólogos e pastoralistas. Esse texto tem uma marca sinodal, uma marca missionária, elementos que norteiam a confecção deste estatuto. Esse foi o caminho trilhado nos últimos anos, pois o estatuto é a certidão de nascimento da CNBB, mostrando o que somos e o que fazemos".
Durante a manhã desta quarta-feira, a segunda parte da tradução do Missal Romano foi votada pelo episcopado brasileiro na 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Membros da da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) mostraram aos bispos que correções foram realizadas nos termos gramaticais, em algumas páginas e outros trechos do texto foram reconsideradas.
“O missal fez um longo caminho, mas com muitas contribuições a partir das sugestões que vocês fizeram”, afirmou dom Edmar Peron, presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB.
Para o livro, também foi apresentada a proposta de diagramação, onde a apresentação do missal foi modificada para estar em apenas uma página.
“Da nossa parte as poucas mudanças que foram apresentadas serão incorporadas ao texto já diagramado pela Edições CNBB. Agora, é concluir as considerações, passar o texto à Editora da CNBB e só depois enviar para a Santa Sé”, explicou Dom Edmar.
As alterações foram aprovadas pelos Bispos votantes, com 269 votos favoráveis, seis abstenções e três votos negativos.
Neste post do A12 você tem mais informações sobre o processo de aprovação desta nova tradução.
No quarto dia de atividades da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o episcopado brasileiro focou suas discussões em seu novo Estatuto. Depois de incorporar ao texto outras sugestões, a Comissão de Redação do Estatuto deverá apresentar a nova versão aos bispos para votação.
Outra pauta marcada para este quarto dia foi o Estudo 114 sobre a Animação Bíblica da Pastoral. Após as mudanças sugeridas pelos bispos, que foram realizadas com o objetivo de contemplar questões sobre sinodalidade, a idolatria e o fundamentalismo, a inserção de item sobre a Palavra de Deus e os Círculos Bíblicos. Caso seja aprovado, o texto será transformado em um documento oficial da entidade.
Em entrevista ao A12, Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, falou a respeito do andamento das votações sobre o Novo Estatuto da entidade.
"Estamos tendo grandes avanços, a Assembleia está fluindo muito bem. Sempre tem algumas questões a mais, mas são pequenas correções muito tranquilas e rápidas para serem realizadas e penso que já estamos avançando significativamente na aprovação deste estatuto", disse.
O Bispo também falou sobre as outras discussões realizadas na 59ª Assembleia:
"Além do Estatuto, também falamos do Estudo 114 sobre a Bíblia, e sobre o Missal Romano, discutindo e votando esses assuntos a toque de caixa porque naturalmente já tinham sido feitos grandes estudos sobre isso, e aqui estamos apenas moldando os últimos pontos, lapidando aquilo que é necessário para a confirmação destes pontos", concluiu.
A Comissão responsável pelo tema central “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão” vai se reunir no final da manhã com todos os regionais da CNBB para dar início a um processo de escuta sobre as atuais Diretrizes Evangelizadoras da Igreja no Brasil (DGAE) em vista das próximas, em 2023.
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