Desde o último dia 19, a Igreja da Amazônia Legal está reunida em Manaus para o V Encontro da Igreja da Amazônia. Mais de 80 pessoas, bispos, padres, representantes da vida religiosa e do laicato refletem sobre a realidade do bioma a partir da realidade social e eclesial.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, está participando do encontro e enalteceu o caminho feito de reflexão:
“Estamos vivendo um momento belíssimo no qual todos os regionais da CNBB que integram a Amazônia Legal estão apresentando sua avaliação, desafios e perspectivas. Que esse encontro seja um marco na história da Evangelização no Brasil e possamos nos unir à Amazônia Legal para cuidarmos todos juntos da nossa Casa Comum”. Leia MaisV Encontro da Igreja da Amazônia acontece até dia 22, em ManausVI Missão Jovem na Amazônia já começa a ser preparada
Segundo dom Zenildo Lima, bispo auxiliar de Manaus, o encontro retoma as experiências do Sínodo para a Amazônia, que foi um período de muitas expectativas. As reflexões do Sínodo foram compiladas no Documento Final e na exortação Querida Amazônia, que tem um caráter mais reflexivo.
O IV Encontro da Igreja na Amazônia, realizado em Santarém 2022, foi um momento para avançar nas questões ministeriais, sociais e do rosto amazônico, com base no Sínodo para a Amazônia.
O Documento de Santarém 2022 destaca a encarnação na realidade e a evangelização libertadora, com cinco prioridades: fortalecimento das comunidades eclesiais de base, participação das mulheres, formação de missionários, defesa da vida e dos povos da Amazônia, cuidado com a casa comum e evangelização das juventudes.
As igrejas locais da Amazônia foram convidadas a responder algumas perguntas para levantar os avanços e dificuldades, verificar os passos dados e os entraves quanto à aplicação das propostas de Santarém 2022. Além de perceber situações emergentes que exige um peculiar cuidado pastoral; consolidar algumas iniciativas, indicando desdobramentos concretos quanto a compromissos, opções pastorais, responsáveis, prazos.
Um encontro para reconhecer os muitos passos e iniciativas, mas que também aflora a preocupação diante das resistências e retrocessos.
Os seis regionais da Igreja na Amazônia Legal apresentaram os resultados das escutas, revelando que as pessoas estão sendo afetadas em suas crenças e que há um cansaço nas comunidades e entre os agentes.
Aparecem nos relatos preocupação com o clericalismo, com o tradicionalismo, a questão da formação presbiteral e o papel das mulheres na Igreja. Também aparecem algumas exigências, que fazem referência ao cuidado com a Casa Comum e a proximidade com os pobres.
Fonte: CNBB
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